Segundo o Índice de Democracia elaborado anualmente pela revista The Economist, Portugal passou de uma “democracia com falhas” para um “país totalmente democrático”.
O relatório de 2019, divulgado quarta-feira pela The Economist Intelligence Unit e subordinado ao tema “A year of democratic setbacks and popular protest” (Um ano de percalços democráticos e protestos populares), destaca que dois países da Europa Ocidental “viram melhorias” e subiram da categoria “democracia com falhas” para “país totalmente democrático”: França e Portugal.
“Em Portugal, a subida de categoria marca o culminar de um aumento gradual da confiança nos partidos políticos e no Governo”, salienta o estudo, citado pela Rádio Nova, que relaciona esta questão com o retrocesso na austeridade implementada durante a crise financeira.
Portugal obteve uma pontuação global de 8.03 (em 10), situando-se na posição 22 na classificação geral e 15 na classificação regional.
Na categoria de processo eleitoral e pluralismo, a revista atribui a Portugal 9.58, 7.86 no funcionamento do Governo, 6.11 na participação política, 7.50 na cultura política e 9.12 no que toca às liberdades civis.
De referir que o relatório de 2018 – subordinado ao tema “Participação política, protesto e democracia” – atribuiu a Portugal uma pontuação global de 7.84 (em 10). Na área da participação política, Portugal teve uma pontuação de 6.11, na cultura política 6.88, nas liberdades civis 9.12 e no funcionamento do governo e pluralismo 9.58.
Além de França (8.12) e Portugal (8.03), também o Chile (8.08) subiu à categoria mais alta do estudo, que reúne 22 países. O topo da lista é ocupado pela Noruega, com uma pontuação global de 9.87 (em 10). Já Malta desceu para a categoria de “democracia com falhas”.
