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The Bookkeepers: um talento em ascensão

The Bookkeepers: um talento em ascensão

Depois de ter começado a dar os primeiros passos, em 2016, os The Bookkeepers, grupo de Santa Maria da Feira, que se dedica à produção de canções inspiradas na poesia, tem crescido a olhos vistos. A pandemia de covid-19 trouxe alguns entraves, como, de resto, aconteceu com todos os artistas, mas o grupo manteve-se fiel aos seus princípios e cada vez mais motivo para dar mais de si ao público que o segue.

“Confinados ao estúdio numa pandemia de criatividade”, como os próprios salientaram, decidiram antecipar um projeto que já estava há muito nos seus planos e começaram a trabalhar na gravação de um novo EP, depois de “Mistral”, o primeiro, que lhes deu uma projeção considerável no panorama musical.

Depois desta gravação, o grupo, composto por Jorge Névoa, Sid, Paulo Valente, Marcelo Alves e Jonas Sá, venceu o concurso de bandas “Rádio Faneca”, em Ílhavo, e logo, depois, chegou a notícia dos prémios internacionais pelo videoclipe do single “Break, break, break”, realizado por André Almeida Rodrigues, jovem realizador já premiado noutras categorias e protagonizado pela comunidade piscatória de Angeiras retratando a nostalgia do dia a dia dos pescadores. “Ganhou o prémio de melhor videoclipe de janeiro de 2019 no 12 Months Film Festival, que decorreu em Cluj-Napoca, Roménia. Foi também primeiro prémio no Festmedallo, festival internacional de Medellín, na Colômbia e foi também premiado como “Best Audiovisual Narrative Poetry Film” no Overcome Film Festival, Califórnia”.

Seguiu-se a apresentação do EP em casa, no cineteatro António Lamoso, onde foram “premiados e acalorados com casa cheia”, num evento que contou ainda com a participação da orquestra Milheiroense e ainda um “showcase no programa concertos de bolso” da TSF, culminando o percurso do programa para 2020, com uma mini tour pelas Fnac do Norte do país e um concerto no Hard Club.

“Fomos interrompidos numa fase em que estávamos a crescer”, lamentou Jorge Névoa, vocalista do grupo, outrora conhecido por Meco, e que utiliza agora o seu pseudónimo literário. No entanto, o grupo acredita que “a seguir a esta dieta rigorosa a que as pessoas estão obrigadas em termos de consumo de arte, venha uma fome incontrolável de vida e de arte”.

“Crescemos, mas mantemos a nossa essência. O conceito dos The Bookkeepers assenta em procurar o ambiente, o ritmo e as imagens dos poemas e transformá-los em canções, respeitando ao máximo os poemas e os poetas”.

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Antecipando o lançamento do EP, composto por quatro canções, para janeiro do próximo ano, altura em que esperam já encontrar uma “sociedade mais normalizada e com muitos concertos”, os The Bookkeepers afirmam que não podem ainda fazer grandes revelações, uma vez que está em fase de produção, mas garantem que manterá a “essência do grupo”.

O objetivo é “dar continuidade ao trabalho que estávamos a fazer e achamos importante nesta fase tornar públicas mais algumas canções”, esclarecem, acrescentando que apesar dos custos que a gravação envolve, e neste contexto de dificuldades financeiras, provocadas pelo novo coronavírus, resolveram não baixar os braços e resistir. “As músicas pertencem ao público. Têm que chegar a ele. Sabemos que em momentos de grande dificuldade a cultura é tendencialmente deixada para segundo plano, mas ainda que contra a corrente, enquanto tivermos forças vamos continuar a nadar. Se nos afogarmos, afogamos num mar de prazer”, asseguram.

À exceção de uma música com poemas de Jorge Névoa, todas as canções do novo EP são criadas a partir de poemas de poetas consagrados, nomeadamente W.B. Yeats, Miguel Torga e Mário de Sá-Carneiro.

Questionados sobre os sonhos que gostariam de pisar, o grupo é unânime na resposta e garante que “mais do que pisar os palcos”, gostariam de os pisar ao lado dos músicos que mais admiram. “Gostaríamos muito de, numa próxima fase, criar canções em parceria com pessoas que apesar de nunca terem ouvido falar de nós, nos acompanharam a vida quase toda. E nos ensinaram muito. São fortes influências naquilo que somos hoje musicalmente e seria uma enorme honra podermos criar em conjunto com eles. São alguns exemplos disso os grandes Clã, Rádio Macau, Jorge Palma, Manel Cruz, GNR… e tantos outros”, apontam.

Os The Bookkeepers contam com Jorge Névoa na voz/guitarra, Sid no baixo, Paulo Valente na bateria, Marcelo Alves no teclado, flauta transversal e trompete, e Jonas Sá na guitarra.

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