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Taxistas cumprem sétimo dia de protesto

Taxistas cumprem sétimo dia de protesto

Os táxis nas cidades do Porto, Lisboa e Faro continuam parados. Os motoristas são contra a entrada em vigor, a 1 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal.

Cumpre-se esta terça-feira o sétimo dia de protesto dos taxistas.

Na avenida dos Aliados, no Porto, José Monteiro, vice-presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros de Passageiros (ANTRAL) disse à agência Lusa que foram mais de 200 os motoristas de táxi que voltaram a passar a noite a dormir dentro dos carros.

“Os táxis não vão desmobilizar, no mínimo, até quarta-feira”, assegurou.

“Enquanto o diálogo não for aberto e não se encontrar a solução para este impasse, as concentrações são para continuar”, referiu.

Para José Monteiro, ainda “é uma hipótese que está a ser germinada”, os taxistas do Porto juntarem-se às concentrações de Lisboa, afirmando que tudo “depende do evoluir da situação, do endurecer da luta e do radicalismo que os próprios manifestantes podem começar a tomar”.

Em Lisboa, Carlos Ramos, da Federação Portuguesa do Táxi, afirmou à Lusa “o protesto se mantém com a mesma adesão, pelo menos até quarta-feira”.

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“Estamos a aguardar que o Governo ceda e ninguém vai sair até quarta-feira”, dia em que planeiam deslocar-se à Assembleia da República, onde se realiza um debate em plenário com a presença do primeiro-ministro, António Costa.

Também no Algarve os taxistas se mantêm firmes junto ao aeroporto de Faro e ponderam juntar-se ao protesto em Lisboa, na quarta-feira, na Assembleia das República.

“Devido à nega que o senhor primeiro-ministro nos deu ontem [segunda-feira, quando os representantes do setor foram recebidos por um assessor de António Costa], estamos a pensar endurecer a luta e pode acontecer que os carros do Porto e de Faro se desloquem para Lisboa na madrugada de quarta-feira”, disse à Lusa Romão Alves, delegado regional de Faro da Federação Portuguesa do Táxi.

Desde a passada quarta-feira que os taxistas se manifestam em Lisboa, Porto e Faro contra a entrada em vigor, em 1 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal: Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.

Inicialmente, os representantes dos taxistas exigiam que os partidos fizessem, junto do Tribunal Constitucional, um pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma, uma exigência que não foi acolhida pelos grupos parlamentares.

Na sexta-feira, o PCP pediu a revogação da lei, uma decisão que os taxistas consideram estar no “caminho correto”, mas que ainda não é suficiente.

As associações de taxistas foram recebidas no sábado pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República e decidiram manter o protesto, até serem recebidos pelo primeiro-ministro.

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