A australiana Suzanne Cotter, que assinala, este mês, o seu segundo ano na direção do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, quer aumentar a perceção do equipamento cultural no mundo, promovendo a sua arquitetura, local e jardins.
Consciente de que o espaço não poderá concorrer com instituições como o Centro George Pompidou, em Paris, a responsável relembra que, dado o reduzido número de museus de arte contemporânea em Portugal, é “mais importante ter um espírito de comunidade” em que todos precisam uns dos outros. Em declarações à Lusa, Cotter afirmou que seria bom pensar que teriam mais fundos à disposição, mas que, sendo uma pessoa “idealista”, isso não será um fator impeditivo para o trabalho de programação. “Somos afortunados porque sei que alguns dos nossos colegas em Lisboa não podem antecipar nada para lá dos seis meses. É duro”, admitiu, tecendo ainda elogios aos públicos portugueses, “muito generosos e preparados para gostar de algo”.