De acordo com Carla Correia, do Centro Lúdico da Imagem Animada da Associação de Ludotecas da cidade (CLIA-Anilupa), a exposição partiu da recolha de histórias junto de pessoas de diversos pontos do Porto, em particular utentes dos centros sociais de S. Nicolau, Sé e dos Serviços de Assistências de Organizações de Maria.
Depois de recolhidas as histórias, foi estabelecida uma interação com instituições escolares, fazendo a “ponte entre gerações” através da criação de filmes de animação, explicou a responsável, que destacou a relevância da valorização das histórias orais.
Os nove filmes que surgiram desta interação vão ser exibidos na mostra de cinema de animação no âmbito da exposição, tendo um deles (“O Duque da Ribeira”, dos alunos do 3.º B da escola EB1 do Cerco do Porto a partir de uma história de um sobrinho do dito duque, Deocleciano Monteiro) sido galardoado no último Cinanima com o prémio jovem cineasta português menor de 18 anos.
A exposição, que poderá ser visitada até 1 de março, vai também incluir oficinas de temas ligados ao trabalho desenvolvido no âmbito do projeto, como “bonecos contadores de histórias” e crochet, orientadas, nalguns casos, por participantes no “Porto Desconhecido”.
Para além do Museu Nacional Soares dos Reis, o projeto incluiu ainda uma parceria com a Casa do Infante, a Casa Museu Marta Ortigão Sampaio, a Casa Museu Guerra Junqueiro e o Museu dos Transportes e Comunicações.
