A Academia de Belas Artes do Instituto de França atribuiu, na passada quarta-feira, o Grande Prémio de Arquitetura Charles Abella, no valor de 35 mil euros, a Álvaro Siza Vieira, numa cerimónia em que o arquiteto português esteve ausente, mas cuja sua obra e “humanismo” foram celebrados, sublinha a Câmara Municipal do Porto, adiantando que foi apelidado de “grande mestre” e “alguém incontestável”.
“Mudámos a organização e agora o prémio de arquitetura é dado em alternância, um ano é dirigido a jovens arquitetos e, no outro, é um grande prémio de consagração, com consequência. E quisemos começar este sistema com um grande mestre, alguém incontestável. Álvaro Siza é incrível e tinha de ser ele. E, em comparação com outros, há uma dimensão humanista que nos fez querer premiá-lo”, explicou Laurent Petitgirard, compositor e secretário perpétuo da Academia, em declarações à Agência Lusa, como descreve a autarquia.
Recorde-se que Álvaro Siza Vieira é o arquiteto vivo mais condecorado, cujo palmarés inclui o Pritzker, considerado o Nobel da Arquitetura, ou o Praemium Imperiale.
Neste sentido, importante destacar a exposição da Fundação de Serralves, dedicada à vida e obra do arquiteto, onde, até 2 de fevereiro de 2020, é possível ver maquetas, desenhos, cadernos de esquissos e apontamentos de viagem assim como diversas fotografias do autor sobre o seu trabalho.
