Entre setembro e dezembro, o Teatro Nacional São João (TNSJ), no Porto, vai apresentar espetáculos marcados essencialmente pela contemporaneidade, tal como descreveu o diretor artístico do equipamento cultural, Nuno Carinhas, que anunciou esta segunda-feira a programação do espaço para os próximos meses. Até ao final do ano, a agenda do TNSJ conta com sete estreias.
O Mosteiro de São Bento da Vitória (MSBV) abrirá hoje as portas à mostra de processos MAP/P, que, até ao próximo dia 18, promete colocar em evidência as performances de artistas nacionais e internacionais. Depois, entre 18 de setembro e 5 de outubro, haverá “Pílades”, de Pier Paolo Pasolini, obra encenada por Luís Miguel Cintra. A viver uma fase “muito apaixonada” pela obra de Proust, Gonçalo Waddington é o encenador da peça “Albertine, O Continente Celeste”, que estará em cena no TeCA de 26 deste mês a 5 de outubro. Mais tarde, entre 31 de outubro e 2 de novembro, o MSBV receberá “Mapa – O Jogo da Cartografia” (da associação PELE), peça interpretada por 150 elementos de cinco grupos teatrais das zonas oriental, ocidental e central do Porto. “Se quisermos fazer alguma ponte por exemplo entre a peça de Pasolini que revisita a tragédia grega com o teatro comunitário onde, no fundo, são convocadas 150 pessoas da cidade, podemos perguntar se essas pessoas são ou não o coro da contemporaneidade. E podemos falar da relação da arte com a ciência em vários”, referiu Nuno Carinhas, em declarações à Lusa. De salientar ainda o espetáculo “Biodegradáveis,” com texto original de Ana Vitorino e Carlos Costa, que entra em cena de 6 a 16 de novembro, no TeCA, e “Caixa 3 Bobina 5, a Última Bobina de Beckett”, do dramaturgo Jorge Palinhos, para ver no MSBV de 7 a 16 do mesmo mês.
Durante a apresentação, a presidente do Conselho de Administração do TNSJ, Francisca Fernandes, aproveitou para dar conta de que os objetivos anuais do espaço estão a ser “superados” pois é “expectável” um aumento de 3% de valor de bilheteira face a 2013.