O Serviço de Leitura Especial da Biblioteca de Gaia, que coloca à disposição de pessoas com deficiência visual obras em braille, áudio e digital, está à procura de mais voluntários para continuar a “levar a leitura a quem precisa dela”.
O serviço – que abriu em 1998 mas só em 2006, depois de uma candidatura bem sucedida a fundos, conseguiu apostar num estúdio de gravação, onde os voluntários dão voz às obras – apresenta cerca de 1400 obras em braille e mais de 3000 em suporte áudio, que podem ser requisitadas gratuitamente por 30 dias. Além de disponibilizar material a 950 utilizadores, a valência dá também reposta a solicitações de escolas, que procuram obras do Plano Nacional de Leitura, e de instituições, nomeadamente delegações da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO). Segundo afirmou a coordenadora do projeto, Susana Vale, além da produção em braille e dos áudio-livros, também são produzidos livros-digitais que resultam de um processo para o qual os voluntários são “fundamentais”. E o trabalho até pode ser feito a partir de casa, envolvendo a digitalização de uma obra, página a página, para que os manuais possam ser usados por pessoas com deficiência visual através do computador, com programas de leitura de ecrã ou terminais de braille. “Quantos mais voluntários tivermos, maior será a oferta que pode ser disponibilizada ao público”, frisou a responsável.