“Deslaçar um Tormento”, assim se intitula a exposição de Louise Bourgeois que está patente no Museu e Parque de Serralves até junho de 2021.
Esta trata-se da maior exposição que Portugal já viu da artista, cuja vasta e singular obra lida com temas associados a vivências e acontecimentos traumáticos da sua infância – a família, a sexualidade, o corpo, a morte e o inconsciente – que tratou e exorcizou através da sua prática artística.
A escultura, de grandes dimensões, que se encontra no Parque de Serralves, representa uma aranha. Tem mais de nove metros de altura e é constituída por “oito esguias e gigantescas patas, e um abdómen de aço e bronze, que carrega uma bolsa que contém 20 ovos de mármore”, lê-se numa publicação da Fundação de Serralves, aquando da inauguração da exposição, no início de dezembro.
“Retoma o tema do aracnídeo que Bourgeois contemplou pela primeira vez num pequeno desenho a tinta e carvão em 1947, além de fazer alusão à força de sua mãe, com metáforas de fiação, tecelagem, nutrição e proteção”.
A exposição cobre um arco temporal de sete décadas de trabalho, dando a ver obras realizadas pela artista (1911-2010) entre os finais dos anos 1940 e 2010.
“Deslaçar um Tormento” é organizada pela Fundação de Serralves e o Glenstone Museum, Potomac, Maryland, EUA, em colaboração com The Easton Foundation, Nova Iorque, e coproduzida com o Voorlinden Museum & Gardens, Wassenaar, Países Baixos.
Pode ser visitada, diariamente, a partir das 10h00, até 20 de junho de 2021.
Foto: Filipe Braga
