“Liberdade” é um novo álbum ao vivo, que regista as canções que Sérgio Godinho interpretou este ano num espetáculo encomendado pelo Teatro Municipal São Luiz, a pensar nos 40 anos da Revolução de Abril.
“Gosto muito de discos ao vivo, têm uma respiração muito própria, fixam o que se sente do público. E, no caso deste espetáculo ‘Liberdade’, houve um trabalho de dar um olhar diferente às músicas. Era uma pena que não estivessem acessíveis a mais pessoas”, declarou à agência Lusa.
Fazem parte do álbum canções emblemáticas do percurso de Sérgio Godinho – como “Maré Alta”, “Liberdade”, “Que Força é Essa” – e outras menos evidentes, como “O Fugitivo” e “Maçã Com Bicho”, esta última sobre as praxes académicas.
Sérgio Godinho destaca ainda três temas: “Foi aos 25 dias de abril”, escrito com Jorge Constante Pereira a pensar no público mais novo, “Na Rua António Maria”, um original de José Afonso, e “Tem o Seu Preço”, composto para um espetáculo do Teatro Praga.
Sérgio Godinho levará “Liberdade” ao palco do Teatro Rivoli, no Porto, a 1 e 2 de novembro, e ao Coliseu de Lisboa, a 22 de Novembro. Em ambos concertos contará com a participação da rapper Capicua.
Mas ainda este mês, Sérgio Godinho edita o livro “Vidadupla”, pela Quetzal, que reúne nove contos, escritos nos últimos meses.
Depois de em 2009 ter editado o livro de poesia “O Sangue Por Um Fio”, Godinho volta a publicar ficção. O que desencadeou a escrita de “Vidadupla” foi um texto publicado em 2013 na biblioteca digital DN, uma primeira versão do conto “Notas Soltas da Corda e do Carrasco”.
“Foi uma faísca que se acendeu, por assim dizer. Queria contar mais, outras coisas, que não tinha na cabeça e que, curiosamente, foram aparecendo uma a uma. São contos muito trabalhados, com sentido poético, com adjetivos múltiplos”, explicou o músico.
Todos estes contos são narrados na primeira pessoa: “É uma maneira de me meter na pele de outros; o que é o outro. E não tenho que gostar particularmente das personagens”.
“Vidadupla” será lançado esta quinta-feira, na Livraria Ler Devagar, na LX Factory, em Lisboa, com apresentação da jornalista Anabela Mota Ribeiro.
