
A partir de setembro, Matosinhos vai contar com um centro TUMO, um espaço gratuito de aprendizagem destinado a jovens dos 12 aos 18 anos, focado no desenvolvimento de competências em áreas como robótica, música, cinema, design gráfico, fotografia ou desenvolvimento de jogos.
O projeto, apresentado esta segunda-feira, 14 de abril, junta vários parceiros, entre os quais as câmaras municipais de Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia. O novo TUMO terá capacidade para acolher até 1.500 jovens, que frequentarão o centro durante quatro horas por semana.
Modelo inovador mistura tecnologia, criatividade e autonomia
O percurso de cada participante será personalizado, adaptado ao seu ritmo e interesses, combinando momentos de autoaprendizagem com orientação de tutores (learning coaches) e workshops dinamizados por especialistas de cada área.
Pedro Santa Clara, responsável pelo projeto, sublinhou que o objetivo é preparar os jovens para um futuro marcado por tecnologias como a inteligência artificial e a robótica. As competências humanas vão fazer “toda a diferença”, afirmou, acrescentando que espera que este modelo educativo possa “contaminar positivamente” a escola tradicional.
Além da componente formativa, o centro aposta na inclusão social, promovendo o convívio entre jovens de diferentes origens, bairros e escolas.
O investimento inicial ronda os 1,1 milhões de euros, incluindo a requalificação do espaço e a aquisição de equipamento. O funcionamento anual terá um custo estimado de um milhão de euros, maioritariamente destinado às equipas pedagógicas e de gestão.
Depois de Coimbra (2023) e Lisboa (2024), Matosinhos será a terceira cidade portuguesa a acolher este modelo de ensino criado na Arménia em 2011 e já presente em mais de 10 países.