
Na manhã de 25 de junho, quarta-feira, foi dado o pontapé de saída para a construção de uma nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados em Vila Nova de Gaia, com uma cerimónia simbólica a marcar o momento.
De acordo com a Câmara de Gaia, a infraestrutura vai erguer-se na freguesia de Oliveira do Douro, junto à Rua Santos Pousada e à Travessa do Pinheiro, num investimento de 3,5 milhões de euros promovido pela STGT Projects – Gaia, Lda., com financiamento obtido através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Este novo espaço de apoio à saúde estará pronto no verão do próximo ano e contará com 153 camas: 120 destinadas a cuidados prolongados e de manutenção, e 33 vocacionadas para convalescença. Parte da capacidade será contratualizada com o Estado, permitindo reforçar a resposta pública – nomeadamente ao Hospital de Gaia – enquanto o restante funcionará em regime privado.
Durante a sessão, o administrador da entidade promotora, José Teixeira, manifestou entusiasmo com a iniciativa, afirmando tratar-se do “arranque de um projeto estruturante para a rede de cuidados continuados da região Norte”.
Realçou também a relevância social e financeira da obra: “este projeto representa uma aplicação responsável de fundos públicos ao serviço da comunidade no âmbito do PRR, num investimento superior a 3,5 milhões de euros que se traduzirá num espaço dedicado ao cuidado, à recuperação e à dignidade humana”.
Segundo José Teixeira, o edifício será dotado de “todas as estruturas modernas e tecnologia de ponta, pensada para dar resposta aos desafios complexos do envelhecimento e da dependência”, sendo que “a construção obedecerá aos princípios rigorosos da sustentabilidade ambiental, eficiência energética e conforto” (via Câmara de Gaia).
O próprio enfatizou ainda o impacto do projeto: “uma resposta real e urgente às necessidades sentidas por famílias e profissionais, aliviando a pressão sobre o SNS e favorecendo a rede nacional de cuidados continuados integrados. Um espaço de humanidade, reabilitações e esperança”.
Por sua vez, Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, elogiou a parceria entre os setores público e privado, classificando a obra como “um projeto absolutamente estruturante”.
O autarca defendeu que este equipamento trará benefícios concretos ao sistema local de saúde, reforçando o apoio a doentes em fase de recuperação: “Para além da resposta que dá a quem necessita, assegura também uma resposta interinstitucional, por exemplo, ao nosso hospital, que vai passar a ter uma resposta mais imediata, mais direta e mais próxima para pessoas com um pós-operatório mais longo ou uma necessidade de cuidados continuados”.
O líder da autarquia gaiense destacou ainda o valor simbólico do edifício: será “um edifício icónico para a freguesia de Oliveira do Douro e para Vila Nova de Gaia”, permitindo uma “mais forte integração e articulação dos serviços de saúde” no município.
Esta nova unidade é uma das três estruturas de cuidados continuados aprovadas em Gaia no âmbito do PRR. As restantes serão desenvolvidas em Canidelo, pela FOCO Saúde, S.A., com 132 camas, e em Vilar do Paraíso, pela Santa Casa da Misericórdia de Gaia, com capacidade para 30 camas.