A manifestação em defesa do espaço público Kidical Mass, que havia sido proibida em maio pela PSP, está marcada para este domingo no Porto, e será realizada em bicicleta, em conformidade com as autoridades. A organização, representada pela Mubi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, está entusiasmada com a confirmação da realização do evento.
Com o lema “A rua também é nossa! Criar espaço para esta geração”, a manifestação pretende reivindicar mudanças nas leis de trânsito que favoreçam as crianças, bem como a criação de rotas seguras para as escolas e ambientes livres de poluição e tráfego motorizado nas áreas escolares. As propostas incluem limites de velocidade de 30 km/h nas localidades e ciclovias largas e seguras.
Após a proibição anterior, os organizadores estabeleceram um diálogo com a PSP e a Polícia Municipal, obtendo o consentimento para a realização da manifestação. O percurso começará na Praça da República e passará pela Avenida da Boavista, Praça do Império, Avenida do Brasil e Castelo do Queijo, culminando em um convívio no Parque da Cidade.
A organização também discutiu a possibilidade de incluir ciclopatrulhas da polícia durante o evento, garantindo mais segurança para os participantes. Além disso, existe a intenção de utilizar o novo canal viário na Avenida da Boavista, que já foi objeto de acidentes graves, levantando preocupações sobre a segurança de todos, especialmente de crianças e idosos.
A Kidical Mass ocorrerá no Dia Mundial sem Carros e marca o fim da Semana Europeia da Mobilidade, destacando a necessidade de um desenho urbano que priorize peões e modos ativos de transporte. Também ressaltam que muitos acidentes não são meros acidentes, mas sim consequências de um planeamento urbano deficiente e da falta de fiscalização das velocidades.
A manifestação procura sensibilizar a população sobre a importância de garantir a segurança das crianças nas proximidades das escolas e promover uma mobilidade mais autónoma e segura, sem a dependência constante dos pais. A questão da segurança nas ruas é, portanto, uma questão de vontade política que precisa ser abordada com seriedade.