Em alguns contextos, uma semana de trabalho de 4 dias já é uma realidade e a Federação Académica do Porto (FAP) deseja que o mesmo aconteça na academia portuense. De acordo com o Porto Canal, a instituição académica quer que o projeto piloto arranque no ensino superior.
Segundo a FAP, que quer que o Governo adote a implementação piloto desta semana de 4 dias, este tipo de organização é uma “inevitabilidade”. Quem se pronunciou sobre o tema foi o presidente da FAP, Francisco Fernandes.
Na sua ótica, esta ideia poderia trazer várias vantagens para o contexto estudantil da cidade do Porto e, para tal, aponta dois motivos principais. Um deles tem a ver com uma maior facilidade em conciliar a vida pessoal com a vida profissional. O outro está relacionado com uma “maior eficiência e otimização do tempo em sala de aula” (via Porto Canal).
A propósito do tempo em sala de aula, o líder da FAP assinala que Portugal é um país com média de tempo em sala de aula muito superior ao que se vê no resto da União Europeia. Francisco Fernandes aponta que a média é 21 horas, sendo que o Reino Unido se fixa nas 14 horas.
A somar a isso, menciona ainda o facto de haver uma crise de habitação à qual o Porto não escapa. Por isso, o próprio menciona os estudantes que, em função disso, precisam de fazer “duas horas de viagem para o Porto e duas horas de viagem de regresso a casa”.
“Ao termos menos um dia de aulas no Porto, temos menos quatro horas de deslocação destes estudantes que, por motivos económicos, não conseguem viver no Porto e quatro horas é uma tarde de estudo” – acrescenta (via Porto Canal).
Para o presidente da FAP, o Governo pode ser uma alavanca essencial para a semana de 4 dias se realizar, ao criar incentivos para que as instituições desejem organizar a atividade letiva desta forma.
