A Infraestruturas de Portugal (IP) sublinhou, em declarações à agência Lusa, que a segurança estrutural da Ponte Luiz I “está e esteve sempre assegurada”, apesar de os trabalhos de reabilitação se revestirem de “elevada complexidade”.
As afirmações da IP surgem em resposta às questões colocadas pela agência de noticias, em relação à segurança da ponte, onde a empresa reforçou que a obra exige “um especial cuidado, no sentido de serem preservadas as características e elementos originais da estrutura”.
“Decorrente deste facto, os trabalhos em curso obrigam à realização de um levantamento rigoroso, elemento a elemento estrutural, de todas as anomalias existentes, as quais são apenas verificáveis após a prévia preparação/limpeza das superfícies da estrutura metálica, com recurso à decapagem com jato de areia”, explicou a IP.
A empresa frisou também que a “a execução destas intervenções revelou a existência, em número superior ao estimado inicialmente, de elementos e chapas com média a elevada corrosão”, detalhando que “muitas das situações agora detetadas encontravam-se encobertas por contaminantes aderentes, produtos de corrosão e pintura existente, motivo pelo qual não foi possível a sua prévia deteção”.
“Esta questão, não prevista, impôs um inevitável reajustamento do projeto de execução, estabelecendo-se, caso a caso, as medidas complementares ao reforço previsto inicialmente”, concluiu.
Quanto à data de conclusão das obras de reabilitação e reforço do tabuleiro inferior, fonte da IP referiu que está prevista para 31 de março de 2023.
Recorde-se que os trabalhos na Ponte Luiz I, construída entre 1881 e 1886, iniciaram-se em 14 de outubro de 2021, e tinham a duração prevista de um ano.
