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Recheio 2024 Institucional

Sebastião Feyo de Azevedo

Sebastião Feyo de Azevedo
Universidade que cumpre missão pública

Reitor da Universidade do Porto desde 2014, Sebastião Feyo de Azevedo mostra-se satisfeito pelo percurso percorrido até agora pela instituição de ensino que lidera e está convencido que a confiança dos alunos nesta universidade só irá aumentar. No ano passado a U. Porto foi a instituição mais procurada pelos estudantes do país e, este ano, os números não desiludiram. Por de trás disto, diz o reitor, está “a forma de cumprir a nossa missão pública”.

A meio do seu primeiro mandato, o atual reitor da U. Porto afirma que a fórmula do sucesso que a academia tem atingido se deve a vários fatores.
Para Sebastião Feyo de Azevedo, “a relevância que uma instituição ganha é a qualidade percebida pela sociedade da forma de trabalhar dessa instituição”. Sustenta que “esta ‘qualidade’ resulta de vários fatores e entre eles está a opinião que os próprios estudantes têm sobre a instituição”.
O reitor defende, no entanto, que isto acontece porque a U. Porto apresenta boas instalações, bons professores, que são vencedores de prémios nacionais e internacionais e participa em projetos mundiais de grande dimensão. “Tudo isto faz a reputação e esta induz confiança”, diz.
A evolução da U. Porto, e das restantes universidades portuguesas, ao longo das últimas duas décadas, foi visível, segundo Sebastião Feyo de Azevedo, e, para isto, contribuiu sobretudo “a qualidade do nosso trabalho e dos nossos serviços”. Para o reitor da U. Porto, exemplo disto é o serviço de relações internacionais que tem conseguido colocar a instituição à frente, a nível europeu. A U. Porto foi, em 2015, a terceira instituição europeia com maior número de projetos coordenados e que desenvolveu trabalhos num total de 150 milhões de euros.
A reputação da U. Porto no estrangeiro é também visível no número de alunos que, todos os anos, escolhem o Porto para estudar. Sebastião Feyo de Azevedo refere que a escolha para estes é “fácil”, uma vez que os estudantes “são bem recebidos, não têm problemas em instalarem-se, encontram escolas com excelentes laboratórios e o ambiente social da cidade é muito bom”. “Em reuniões internacionais, e sobre os diferentes tipos de mobilidade, os nossos colegas apontam a U. Porto como um caso de grande sucesso. Muitos dos nossos funcionários são convidados para darem palestras em Bruxelas, por exemplo”, refere. O sucesso do estabelecimento de ensino está também, e indubitavelmente, ligado ao crescimento, em termos sociais, culturais e económicos, da cidade do Porto.
Para Sebastião Feyo de Azevedo, “uma grande metrópole tem as suas próprias instituições e todas elas representam uma grande importância”. “Nós somos muito importantes para a cidade, assim como a cidade é muito importante para nós”.
Elogiando a beleza da Avenida dos Aliados, que compara à Praça Magistral de Praga, o reitor refere que a dinâmica que a Câmara Municipal do Porto tem tido nos últimos 15 anos, juntamente com os locais emblemáticos da cidade, é também motivo para o sucesso e evolução do Porto e, consequentemente, das suas instituições. Sebastião Feyo de Azevedo acrescenta, ainda, a importância do Futebol Clube do Porto. “É uma realidade. A universidade, o FC Porto e o vinho do Porto são três grandes referências da cidade”, salienta.

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“Eterno insatisfeito”
Para Sebastião Feyo de Azevedo, a investigação feita na U. Porto é um ponto fulcral. “Temos muitos professores que fazem investigação de qualidade e que trabalham imenso no conjunto de docência e investigação”, afirma.
De acordo com o reitor, os recursos humanos na instituição são fundamentais para o seu sucesso, no entanto admite que há ainda uma grande dificuldade, em Portugal, nesta área. “Não é apenas pela formação, mas também pelo modelo de governação.”
O reitor não tem dúvidas em afirmar que Portugal é um país desenvolvido, mas confessa que “no grupo dos países desenvolvidos, Portugal ainda tem algumas dificuldades”. “E como morei cinco anos no estrangeiro, não fico satisfeito com as dificuldades que temos em convergir com padrões mais elevados”, explica.
Sobre o facto de a U. Porto estar entre as 400 melhores universidades do mundo, num total de aproximadamente 20 mil instituições mundiais, Sebastião Feyo de Azevedo diz que é uma posição excelente, embora seja “um eterno insatisfeito”. “Gosto sempre de fazer melhor amanhã do que aquilo que fiz hoje, mas também não posso sofrer de forma excessiva”, refere. O responsável não tem dúvidas que um estudante com grau académico da U. Porto tem capacidade para competir por um lugar em qualquer parte do mundo. “Há diferenças”, diz, mas sublinha que “a nível de conhecimento de base o aluno da U. Porto é igual a qualquer outro”.
O reitor é da opinião que há coisas a melhorar, não só na U. Porto como no ensino em Portugal. “Os mais velhos têm a obrigação de perceber os mais novos e a natural evolução da sociedade”, diz. Para Sebastião Feyo de Azevedo, é necessário “adaptar a nossa oferta e modo de lecionar, de forma a tornar- -nos mais interessantes”. “Outra coisa que precisamos de fazer é chamar mais pessoas para o ensino superior, contrariamente ao que muitas vezes é dito por aí”, explica. Na sua opinião, “é absolutamente necessário para Portugal haver mais gente com formação superior, mesmo que sejam formações curtas, de dois anos”.
Sebastião Feyo de Azevedo é a favor de uma reformulação no acesso ao Ensino Superior, “acima de tudo para haver mais equidade”. Para o reitor, “as pessoas têm que entrar nos cursos com apetências adequadas, por isso temos que adaptar o nosso ensino”.

Uma educação sem fronteiras e sem paredes
Questionado sobre áreas que por vezes são tidas como menos importantes, o reitor da U. Porto defende que “as humanidades e as ciências sociais são fundamentais”.
Segundo Sebastião Feyo de Azevedo, os cursos destas áreas, nos países desenvolvidos, “são centrais para a estrutura da sociedade, e este é também o pensamento da Universidade do Porto”.
O valor das propinas é um tema discutido todos os anos no meio universitário e para o reitor da U. Porto esta “é uma questão ideológica e dos mais jovens”. Sebastião Feyo de Azevedo é da opinião que o valor atual é aceitável, “a questão é se se devem pagar ou não, e aqui está a parte ideológica”.
“Eu defendo que se devem pagar por várias razões, uma das quais é pelo facto de que as pessoas têm que pagar para dar valor às coisas”, diz. O reitor é defensor de que os estudantes têm que ser muito exigentes com a oferta que é dada, “e, infelizmente, o mecanismo para que isto aconteça é terem que começar a pagar as coisas”.
No entanto, o reitor reconhece que há ainda uma franja significativa de estudantes atingida pela crise económica, que não se encontra abrangida pela ação social, e que tem muitas dificuldades para manter os estudos, porque para além do pagamento das propinas, a vida universitária tem outras despesas. “Há um problema de equilíbrio, porque haveria pessoas que podiam pagar mais, e no entanto não se consegue atingir um modelo social adequado”, refere. O reitor, que também discorda dos diferentes valores de propinas nas várias universidades nacionais, admite assim que é “totalmente a favor do pagamento das propinas, assim como a favor do alargamento das bolsas de ação social para os estudantes”.
Em relação ao apoio dado pelo Estado, Sebastião Feyo de Azevedo refere que, percentualmente e ao nível do Produto Interno Bruto (PIB), as instituições de ensino superior portuguesas recebem um valor inferior comparando com o resto da Europa desenvolvida, e que este montante desigual faz diferença.
Para o reitor da U. Porto, “custa ver que existe esta dificuldade no sistema público, quando se gastam milhões de euros com instituições bancárias”. No entanto, o responsável afirma que “não se podem esconder os problemas do sistema universitário português atrás disto. Temos que fazer o melhor possível com as condições que existem”. O reitor critica estas diferenças, no entanto, refere que “o modelo de governação e laboral poderiam ser mais eficazes”.
Também por esta razão, a U. Porto tem liderado as iniciativas – como Feiras de Emprego – que visam aproximar os estudantes e recém graduados ao mercado laboral. Estas iniciativas estão relacionadas com o programa eleitoral de Sebastião Feyo de Azevedo, que aborda a ligação entre o tecido laboral, económico e social.
“Neste momento temos mais de 40 protocolos com autarquias e, tivemos também, várias iniciativas que foram um sucesso e que contaram com a presença de milhares de estudantes”, diz.
Para o reitor, “esta é uma ação necessária”, contudo reconhece que há ainda um caminho a percorrer para que as pessoas consigam um emprego. “Mas este início é uma obrigação nossa, de forma a cumprimos a nossa missão”, acrescenta.
O consórcio com mais duas universidades da região Norte – UNorte.pt – é também uma forma de se cumprir a missão. “Nós precisamos de cumprir a nossa missão a vários níveis, sendo eles a nível da cidade, regional, nacional ou internacional”, refere, acrescentando que “é um erro político pensarmos que somos auto-suficientes”.
Este tipo de iniciativas e projetos marca, para o reitor da U. Porto, “um posicionamento de vontade de ligação aos estudantes”.
Também na sua candidatura a reitor, Sebastião Feyo de Azevedo propôs-se a juntar no Porto várias figuras eminentes das várias áreas de conhecimento para se discutir o futuro da educação na universidade. Assim, nos dias 26, 27 e 28 de outubro, decorrerá o Congresso da U. Porto e serão discutidos temas, por professores de várias instituições estrangeiras e portuguesas, sobre a evolução da investigação, a educação, a valorização do conhecimento, a cultura, a ciência e a governação.
De acordo com o reitor, este congresso pretende cativar e atrair várias figuras deste meio ao Porto, para que sejam debatidas e ouvidas ideias sobre o futuro da universidade de forma abstrata.
Para Sebastião Feyo de Azevedo, a par da importância da promoção deste tipo de debates sobre os problemas da universidade, está também a importância em promover a cultura, e a U. Porto conta, por exemplo, com a Orquestra FEUP.
O reitor pretende, nos próximos anos, ver uma evolução cultural dos professores e alunos da U. Porto, e a Orquestra FEUP e o congresso são exemplos de como isto pode acontecer.
Ao modelo de educação sem fronteiras, o reitor acrescenta a frase “educação sem paredes”, uma vez que acredita que através da internet é possível ter acesso “a aulas fantásticas, com ótimos professores”, defendendo que é uma oportunidade “para se aprender algo sobre determinadas áreas”.
Os meios digitais, na opinião do reitor da U. Porto, não são tecnologia, mas sim “uma evolução natural da forma de viver. São uma revolução sociológica, cultural e económica”.
Com esta revolução, Sebastião Feyo de Azevedo acredita que a “educação sem paredes” faz, cada vez mais, sentido, porque vê-se os alunos, ao longo dos anos, começarem a discutir os assuntos, de forma colaborativa, estando em locais muito diferentes.

A Universidade do Porto registou, este ano, 1,9 candidatos em primeira opção para cada uma das suas 4.160 vagas no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, uma média bastante superior a qualquer outra universidade ou politécnico. Foram 7736 candidatos a escolherem a U.Porto como a sua primeira escolha para frequentar o Ensino Superior.
A U. Porto preencheu a quase totalidade das suas vagas logo na primeira fase do concurso nacional, sendo que apenas três dos seus 52 cursos de licenciatura e mestrado integrado registam vagas sobrantes para as restantes fases de acesso.
A U. Porto é também a universidade que possui as mais altas notas de entrada em todo o país, registando uma média de 157,2 valores.
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