O aumento do número de casos de infeção por covid-19 que se tem verificado nos últimos dias em Portugal, com o país a atingir mais de mil novos casos diários, levou o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) e o Centro Hospitalar Universitário do Porto, os dois principais hospitais da cidade, a admitir a possibilidade de replicação dos planos de contingência outrora adotados.
“Caso a situação pandémica no país se agrave, replicaremos o modelo adotado noutros picos de incidência”, revelou à Agência Lusa fonte do Hospital de Santo António. Por sua vez, a informação foi corroborada pelo São João, com o diretor do Serviço de Urgência, Nelson Pereira, a assegurar que, em caso de necessidade, o hospital está preparado para “ativar o plano de contingência”.
De acordo com os dados avançados, no caso do Hospital de Santo António, o plano deve ser implementado por fases. No pior cenário, lê-se na notícia divulgada pelos órgãos de comunicação nacionais, este deverá completar as vagas nas atuais enfermarias e unidades de cuidados intensivos dedicadas à covid-19.
Posteriormente, pode “converter uma enfermaria de 25 camas (atualmente em “pousio”) em unidades de covid-19 assim como as enfermarias de medicina interna e infeciologia” e, de seguida, recrutar “profissionais de diferentes especialidades, com eventual prejuízo de outras atividades”.
Já no caso do Hospital de São João não foram revelados os passos a adotar. Contudo, Nelson Pereira assegurou que, tendo em conta o “aumento significativo de casos, sobretudo no serviço de urgência”, a implementação do plano de contingência deve “acontecer nas próximas semanas”.
Para o diretor do Serviço de Urgência, a nova vaga “não terá, de todo, as características das outras”, pelo que acredita que o impacto sobre o sistema hospitalar “não será tão significativo”.
