Este tipo de testes são de “execução significativamente mais rápida”, quando comparados com o testes clássico, demorando cerca de 50 minutos, aos quais acresce o tempo de colheita, transporte, processamento da amostra e validação do resultado.
O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHSJ) começou já a realizar testes de biologia molecular para o diagnóstico da infeção pelo SARS-CoV-2.
Estes possuem um “tempo de execução significativamente mais rápido (cerca de 50 minutos, a acrescer ao tempo de colheita, transporte, processamento da amostra e validação do resultado) que o teste clássico”.
Segundo explica o comunicado do CHSJ, a colheita da amostra com zaragatoa é realizada nos mesmos moldes que para o teste clássico.
Dado que a disponibilidade destes testes é “de momento limitada”, o CHSJ definiu prioridades para o seu uso.
Assim, o “teste molecular rápido” de diagnóstico de infeção por SARS-CoV-2 será utilizado no “doente do Serviço de Urgência (adultos, pediatria, obstetrícia/ginecologia) a necessitar de procedimento urgente (potencialmente gerador de aerossol) em que seja clinicamente aceitável aguardar o tempo expectável de realização do teste”. São exemplos destes procedimentos a “cirurgia com anestesia geral ou loco-regional, endoscopia digestiva, broncofibroscopia, mulher em trabalho de parto, entre outros”. Nas situações em que não seja possível esperar pelo resultado do teste, o procedimento será realizado com equipamento de proteção individual adequado ao risco clínico.
O teste molecular será ainda utilizado no “doente do Serviço de Urgência (adultos, pediatria, obstetrícia/ginecologia) com suspeita de infeção por SARS-CoV-2 e critérios de internamento, de forma a evitar internamento em coorte de suspeitos (medicina intensiva ou enfermaria)” e ainda nos doentes internados “em que surja a suspeita de COVID-19, que justifique realização de teste diagnóstico, de forma a minimizar o tempo de isolamento de contacto e de gotícula, em ambiente onde se encontram doentes sem infeção por SARS-CoV-2”.
Portugal regista esta quarta-feira um total de 785 mortes por Covid-19, mais 23 mortes do que na terça-feira. Há 21982 pessoas infetadas, mais 603 casos que na terça-feira. Ao todo, são 1143 as pessoas que já recuperaram da doença.
Estão internadas 1146 pessoas, sendo que 207 estão nas unidades de cuidados intensivos.
Os dados divulgados esta quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) mostram que o Norte continua a ser a região com maior número de infeções: 13150 casos confirmados e 454 óbitos. O Centro tem 3053 casos confirmados e 175 mortes. A região de Lisboa e Vale do Tejo tem 5093 casos e 138 mortes.
No Alentejo existem 176 casos de infeção e uma morte. No Algarve, há 316 pessoas infetadas e 11 mortes. No arquipélago da Madeira estão confirmados 85 casos, não havendo mortes a lamentar. Os Açores têm 109 casos de infeção e seis mortes relacionadas com a covid-19.
O concelho de Lisboa é o que tem o maior número de casos (1169), seguido de Porto (1102), Vila Nova de Gaia (1062), Braga (903), Matosinhos (885), Gondomar (854) e Maia (742).