O rastreio da covid-19 aos 14 lares do concelho de Santo Tirso teve início esta sexta-feira, abrangendo utentes e funcionários de instituições públicas e privadas.
No total, serão realizados cerca de dois mil testes de despistagem à Covid-19.
O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso considera que este rastreio vai permitir “ter uma ideia mais concreta e fiável da situação” que se vive nos equipamentos sociais de cariz residencial e “avaliar a possibilidade da tomada de medidas complementares” àquelas que já foram postas no terreno pela Câmara Municipal de Santo Tirso.
“Tudo o que for preciso fazer para responder a um qualquer problema de emergência que ocorra no Município, vamos fazê-lo. Temos 300 camas em cinco Centros de Acolhimento Municipal, para o que seja necessário, para além do Hospital de Campanha instalado na Escola de S. Rosendo”, garante Alberto Costa.
A ação foi articulada entre a Câmara Municipal de Santo Tirso, a Administração Regional de Saúde do Norte e o secretário de Estado coordenador do Estado de Emergência na zona norte do País.
Simultaneamente à realização de testes à Covid-19, os vinte equipamentos sociais de cariz residencial de instituições públicas e privadas de Santo Tirso estão também a receber a visita de duas equipas multidisciplinares constituídas por técnicos da Câmara Municipal, da autoridade de Saúde Pública local e da Segurança Social, com o objetivo de articular a melhor resposta em caso de emergência e de garantir o cumprimento das normas e orientações estabelecidas de combate à pandemia.
Medidas genéricas, como garantir que o plano de contingência da instituição está ativado; medidas dirigidas aos utentes, nomeadamente garantir a distância de 1,5 a 2 metros entre camas ou locais em que se encontrem os utentes, reduzir a utilização de espaços comuns ou utilizá-los por turnos ou ainda isolar qualquer utente com sintomas (febre, tosse ou falta de ar); medidas dirigidas aos funcionários, como, por exemplo, organizar os profissionais por equipas, sem contacto entre si ou medir a temperatura e vigiar a tosse e falta de ar antes do início de cada jornada de trabalho, são alguns dos aspetos a que equipas vão dar atenção nas visitas.
O objetivo da iniciativa “não é fiscalizar os equipamentos sociais, nomeadamente os lares, mas apenas assegurar que as recomendações estão a ser cumpridas e que os procedimentos a adotar em caso de emergência também serão postos em prática”, esclarece o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso.
No final da ação, será elaborado e enviado a todas as instituições sociais um relatório com as principais conclusões tiradas do trabalho realizado no terreno, com sugestões, esclarecimentos e reforço das recomendações da Direção-Geral da Saúde e das orientações preventivas do Governo, para fazer face à situação de calamidade provocada pela Covid-19.
A Câmara Municipal de Santo Tirso vai ainda disponibilizar 10 tablets pelos lares públicos existentes no Município, com o objetivo de permitir que os utentes possam contactar à distância os familiares.