O Primavera Sound Porto 2025 terminou com os concertos de Paul Kalkbrenner, Mura Masa, Haai e da portuguesa Catarina Silva, encerrando quatro dias de música e experiências no Parque da Cidade. Segundo dados avançados pela organização, o festival reuniu cerca de 110 mil visitantes e gerou um impacto económico estimado de 57 milhões de euros na cidade, de acordo com um estudo do ISAG – European Business School e do CICET-FCVC.
O valor corresponde às despesas associadas à estadia no Porto, como alojamento, restauração, transportes, cultura e lazer, com base no comportamento de consumo dos visitantes oriundos de fora da Área Metropolitana do Porto e do estrangeiro, que representaram 31,6% do público. Cada participante terá gasto, em média, 408,39€ por dia na cidade e 36,71€ no recinto do festival.
A grande maioria (90,9%) deslocou-se propositadamente à cidade para assistir ao evento, ficando em média quatro noites. Os hotéis foram a opção de alojamento mais frequente (31,6%), seguidos de alojamentos locais (31,3%), casas de amigos ou familiares (17,3%) e hostels (12,2%).
Público jovem, qualificado e internacional
Com uma média de idades de 30,4 anos, o público do Primavera Sound 2025 destacou-se pela elevada qualificação: cerca de 75% dos visitantes têm formação superior. A presença feminina foi ligeiramente superior (50,5%) e 15,8% dos participantes eram estrangeiros, oriundos de mais de 17 países. Reino Unido (15,9%), Brasil (12%), Espanha (10,1%) e EUA (8,7%) lideraram a lista.
Mais de metade optaram por bilhetes diários (52,7%), enquanto os passes gerais (37,9%) e VIP (9,3%) registaram também procura significativa. A principal motivação para a escolha do festival foi a qualidade artística do cartaz (74,6%), seguida pela vontade de se divertir (72,9%) e pelo convívio social (72,3%).
O grau de satisfação foi elevado: 85% declararam-se satisfeitos ou muito satisfeitos. Quando convidados a resumir a experiência numa palavra, quase metade escolheu “Felicidade” (49%).
Porto como destino e experiência cultural
Para muitos, o festival foi também uma porta de entrada para explorar o Porto. Entre as atividades mais referidas destacam-se as visitas ao centro histórico (41,5%), gastronomia e vinhos (24,2%), monumentos e museus (23,3%) e animação noturna (18,2%).
Também houve lugar a atividades ao ar livre como praia e passeios (14,1%), visitas às caves do Vinho do Porto (12,9%) e compras (15,8%).
Sustentabilidade e ativação de marcas em destaque
A edição de 2025 reforçou o compromisso com a sustentabilidade. A redução de descartáveis e o uso de copos reutilizáveis agradaram a 75,3% dos inquiridos; a recolha seletiva, a 72,2%; e a disponibilização de água potável não engarrafada, a 68%.
Em termos de mobilidade, 35,3% deslocaram-se de automóvel próprio, mas também houve quem optasse por autocarro (18,9%), TVDE (13,6%) e metro (12,7%).
As ativações de marca voltaram a ter forte adesão: 92,2% dos participantes interagiram com as experiências propostas. As mais valorizadas incluíram momentos de entretenimento (56%), brindes (48,1%) e espaços de descanso e carregamento de telemóveis (29%).
Um dos maiores eventos culturais do país
Com um cartaz de peso, forte atratividade internacional e impacto direto na economia e na imagem do Porto, o Primavera Sound voltou a afirmar-se como um dos maiores eventos culturais em Portugal. A aposta na sustentabilidade e na ligação emocional ao público reforça o papel estratégico do festival na promoção da cidade como destino cultural, turístico e criativo.
