“O aeroporto do Porto não tem sido um ‘hub’ [plataforma giratória de uma companhia aérea, onde existe um grande número de ligações diretas a grandes cidades] da TAP. O Governo disse que a razão fundamental de reassumir 50% da TAP é para que haja um ‘hub’ no Porto. Para isso, é preciso um sinal, dando ordens à administração da TAP para que não sejam interrompidas as ligações a Roma, Milão (Itália), Bruxelas (Bélgica) e Barcelona (Espanha), ou o voo noturno de Gatwick (Londres, Inglaterra)”, afirmou o autarca.
Moreira defendeu que, com o Estado a deter 50% da transportadora, a TAP deve prestar “um serviço público” e que “o serviço público deve ser prestado em todo o território”.
O primeiro-ministro, António Costa, disse no sábado que o acordo para a reversão da privatização da TAP deixa o Governo com margem para intervir sobre a manutenção de uma base no Porto.
De acordo com Rui Moreira, “se a TAP é uma empresa em que o Estado vai deter 50% do capital, em que continua a ter a definição estratégica das suas rotas, então, esta região e outras regiões devem ser bem servidas pela TAP. Se é um ativo estratégico, se vamos pagar a TAP com os nossos impostos, então deve prestar serviço público”.
Para o autarca, tal passa “por garantir serviço a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro”, mantendo, “pelo menos”, a atual operação da transportadora.