“Relativamente ao Património da Humanidade, não vemos que haja risco, ou que esse risco possa resultar da reabilitação de edifícios para fins de hotelaria. Portanto, não vemos risco de perda de classificação”, frisou o autarca.
Rui Moreira comentou assim as declarações feitas esta quinta-feira, a título “absolutamente pessoal”, pela secretária de Estado da Cultura, Isabel Botelho Leal, notando que é a “evitar o desaparecimento do comércio de tradição” que aquela governante pode ajudar o município.
“Continuamos preocupados com a gentrificação [processo de valorização imobiliária acompanhada da deslocação de pessoas com menor poder económico] do comércio e, aí sim, é que a secretária de Estado da Cultura nos pode ajudar, com instrumentos para evitar esse fenómeno”, observou o líder portuense.
A secretária de Estado da Cultura disse esta quinta-feira que o número crescente de hotéis no Centro Histórico do Porto, apesar de importante para a economia, pode pôr em causa a classificação como Património da Humanidade.
Assim, Rui Moreira começou por frisar que não se pronuncia “sobre as opiniões pessoais da senhora secretária de Estado da Cultura”.
“Seria bom que o Estado central percebesse que muitas vezes não temos forma de moderar essa procura”, vincou, assegurando não existir risco para a classificação obtida em 1996.
