
O autarca atacou mais uma vez a aerotransportadora, referindo que a cidade e a região não querem e não podem pagar a fatura de uma empresa que não serve os seus interesses.
“Ao contrário do que dizem algumas pessoas, não sou autonomista ou independentista. É o contrário, sou português”, afirmou.
Sustentou que “o interesse público tem a ver com coesão social, que não existe sem coesão territorial”. “Não estamos a pedir nada a que não tenhamos direito. Não podemos é dizer que a TAP é um objeto voador não identificado e por isso vamos deixar que as coisas fiquem assim. Vamos reclamar que ela seja nacionalizada e enquanto ela não for nacionalizada vamos deixar que nos façam todas as maldades? Não me conformo”, disse o autarca portuense.
Rui Moreira sustenta que se a TAP for uma empresa privada deve perder os direitos que tem como companhia de bandeira. “Fique privada, faça a sua vida e nós faremos a nossa”, completou.
“Enquanto empresa pública, nos últimos anos, a TAP foi um instrumento que tentou fazer com que o aeroporto Francisco Sá Carneiro não crescesse e o Norte não existisse”, acusou.
“Temos [o Norte] uma taxa de cobertura na balança comercial de 40%. Essa é que a questão. E estou farto de ouvir o velho discurso em que nos dizem que bom é o Norte. É as exportações, as empresas, é lá que está tudo. Depois, desligam-se as televisões e ficam-se a rir de nós”, prosseguiu.
Rui Moreira disse que a região, apesar da sua força económica, continua a ter um “muito menor rendimento per capita e níveis de desenvolvimento muito baixos” e os seus habitantes são “os mais mal pagos e níveis de desenvolvimento muito baixos”.