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Robot portuense bate recorde na exploração de cavernas inundadas

Robot portuense bate recorde na exploração de cavernas inundadas

Uma equipa de investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) bateu o recorde mundial de profundidade na exploração da caverna natural mais profunda do mundo, ao conseguir levar, pela primeira vez, um veículo autónomo subaquático até aos 450 metros.

Este feito foi realizado no “Abismo de Hranice”, na Chéquia, depois de anos de investigação e inúmeras missões de exploração no local. Os investigadores do INESC TEC, Alfredo Martins, Carlos Almeida, Eduardo Soares, Pedro André Peixoto e Ricardo Pereira integraram, assim, no início deste mês, uma nova expedição, com o objetivo de explorar a caverna natural inundada mais profunda do mundo, fazendo o seu mapa 3D e recolhendo dados de parâmetros da água.

O também docente no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), Alfredo Martins, explica que “a caverna, que se julga ter mais de 900 metros de profundidade, tem sido explorada com recurso a mergulhadores, até aos 200 metros”. A missão mais recente decorreu no âmbito do projeto Unexup e, pela primeira vez, foi possível “explorar a caverna, com sucesso, até aos 450 metros e obter um mapa detalhado, algo que não era possível anteriormente”, revela.

Referir que o recorde anterior pertencia a outro robot subaquático que tinha mergulhado até aos 404 metros da gruta, mas foi agora batido pelo UX-1Neo e pelos investigadores do instituto portuense.

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O INESC-TEC salienta que o UX-1Neo é um dos robots subaquáticos tecnologicamente mais evoluídos do mundo e “efetua missões de exploração de forma completamente autónoma” com um posicionamento preciso e “características únicas que podem ser utilizadas dependendo da missão ou do seu risco”.

Através deste projeto o INESC-TEC pretende “criar um novo serviço de mapeamento de minas, baseado numa nova classe de robôs subaquáticos autónomos com capacidade para explorar até mil metros de profundidade, obtendo informação relevante como o estado estrutural e mapa das mesmas (permitindo saber se existiram derrocadas ou outros problemas) e informação geológica importante para determinar a existência de recursos minerais com interesse económico, que de outra forma seria mais difícil e perigoso obter ou teria custos mais elevados”.

O Unexup é financiado pelo EIT Raw Materials, do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, em cerca de 2,9 milhões de euros.

Foto: INESC TEC

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