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Rio não descarta renegociação da dívida se o crescimento for “fraco”

Rio não descarta renegociação da dívida se o crescimento for

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“Naturalmente que Portugal só poderá não falar de renegociar a dívida se tiver um crescimento económico sustentável”, defendeu o ex-autarca.

O social-democrata Rui Rio alertou esta sexta-feira, na cidade do Porto, para a possibilidade de Portugal vir a precisar de “renegociar a dívida” pública, caso não apresente um crescimento económico sustentável. “Naturalmente que Portugal só poderá não falar de renegociar a dívida se tiver um crescimento económico sustentável. Se conseguirmos esse crescimento, teremos riqueza suficiente para fazer face à dívida acumulada”, referiu.
Para o ex-presidente da autarquia portuense, a carga fiscal em Portugal é “indiscutivelmente” injusta e “insustentável”, pelo que defende ser necessária uma reforma do Estado “na área da gestão”. “Temos de baixar a despesa, mas é a despesa real, não é só a despesa com salários e pensões. Há muita despesa do Estado que temos de fazer um esforço para reduzir”, alertou, em declarações aos jornalistas, no fim da conferência “As Empresas e o Imperativo da Competitividade”, no Porto. O ex-autarca frisou também que não vê possibilidades de se alcançar o consenso político defendido na quinta-feira no Conselho de Estado, alertando que “os momentos mais adequados” para entendimentos partidários são “mais calmos e pós-eleitorais”. “Sou altamente favorável ao consenso entre partidos mas, neste momento, não vejo como é possível, principalmente no enquadramento em que está o PS, nem que os dois candidatos a líderes quisessem”, apontou.
O Conselho de Estado pediu quinta-feira à noite que “todas as forças políticas e sociais” preservem “pontes de diálogo construtivo” e empenhem “os seus melhores esforços na obtenção de entendimentos quanto aos objetivos nacionais permanentes”.

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