O ex-presidente da câmara do Porto, Rui Rio, defendeu esta quinta-feira que, tendo em conta a situação do regime, a realização de eleições primárias pode revelar-se uma “solução” para “forçar os partidos à abertura”.
“À partida, se as coisas funcionassem como deviam, não fazia sentido que houvesse primárias, porque, livremente, os militantes dos partidos escolheriam quem deviam escolher”, frisou, no âmbito da conferência “Portugal: ontem, hoje e amanhã”, realizada esta quinta-feira à noite no Clube de Caçadores da Estela, na Póvoa de Varzim. “Considerando, no entanto, que o regime está como está, os partidos estão como estão, eu admito condescender com regras mais lógicas e mais apertadas do que aquelas que foram utilizadas no Partido Socialista e utilizar essa solução como forma de forçar os partidos à abertura”, referiu.