
A Galeria Municipal do Porto apresenta, a partir de 8 de dezembro, a sexta e última exposição de 2018, intitulada “Transantiquity”.
O projeto expositivo, com curadoria de Filipa Oliveira e Guilherme Blanc, abarca obras de 20 artistas cujo trabalho estabelece uma relação entre os paradigmas da Antiguidade e o tempo contemporâneo. De que forma estamos condicionados pelo “cânone clássico” da Grécia Antiga e da Roma Antiga, berços da civilização ocidental?
A exposição, cuja inauguração está marcada para as 18h, propõe que, nos tempos de crise política e social em que vivemos, torna-se vital revisitar e reavaliar os fundamentos da Antiguidade, que ciclicamente alicerçam as sociedades ocidentais, questionando, simultaneamente, as suas fronteiras temporais e geográficas e respetivas narrativas. Num mundo cada vez mais globalizado, como pode essa reflexão revelar diferentes perspetivas e orientar possíveis futuros?
A linearidade do Tempo e o desejo cíclico pelo “clássico”, as ruínas do passado e as ruínas contemporâneas são alguns dos temas abordados na exposição, que inclui obras de artistas de múltiplos contextos, origens e práticas como Ana Mendieta, Ana Vieira, Basim Magdy, Benoît Maire, Clemens Von Wedemeyer, Derek Jarman, Dineo Seshee Bopape, Fernando Lanhas, Francisco Tropa, ou Gabriele de Santis.
Recorde-se que a reflexão sobre a manifestação da Antiguidade na cultura contemporânea foi também o tema da última edição do Fórum do Futuro, realizada no início deste mês, que contou com a participação de Guan Xiao, Mary Reid Kelley e Patrick Kelley, artistas cuja obra estará presente nesta exposição.
“Transantiquity” ficará patente ao público até 17 de fevereiro. A entrada é livre.