
Estamos perante o melhor ano de sempre em termos de reciclagem. A Câmara do Porto prevê que a taxa de recolha seletiva de resíduos na cidade seja superior a 28% até ao final de 2018.
Refira-se que no primeiro semestre do ano, o aumento de produção de resíduos, comparativamente ao mesmo período de 2017, verificou-se tanto nos resíduos indiferenciados (1500 toneladas) como nos seletivos (1300 toneladas), traduzindo-se em taxas de crescimento de 2,65% e 10,84%, respetivamente.
Foi também durante o primeiro semestre de 2018 que se deu uma mudança de paradigma no sistema de gestão de resíduos na cidade com a internalização da recolha, que passou a ser realizada pela empresa municipal PortoAmbiente – cujos Regulamento de Serviço e Regulamento de Fiscalização do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos e Limpeza do Espaço Público foram aprovados por maioria na reunião de Executivo de terça-feira – quando até então era realizada quer pelos serviços da Câmara quer por duas empresas concessionárias.
Neste semestre e até à data, continua a verificar-se a tendência de um aumento total de resíduos, em termos homólogos, com os seletivos a crescerem nestes últimos quatro meses, verificando-se já um valor de crescimento próximo do total do primeiro semestre de 2018 (cerca de 1200 toneladas).
Assim, os números globais de 2018, comparativamente a igual período de 2017, apresentam um crescimento da fração seletiva para 12,14%, passando de uma taxa de 25,9% para 27,9%. O Município do Porto aproxima-se, neste contexto, rapidamente dos objetivos e metas definidos no Plano de Ação do Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos (PAPERSU) para o ano de 2020, em que se comprometeu a atingir o patamar dos 30% em resíduos recicláveis.
Após a finalização total de todo o processo de internalização, a empresa municipal PortoAmbiente iniciou novas práticas de atuação, com o objetivo de potenciar o esforço conjunto do Município e cidadãos no aumento dos números da reciclagem.
Entre as várias medidas adotadas, foi introduzida em julho a recolha seletiva porta-a-porta residencial, sendo que os moradores de cada um dos fogos abrangidos receberam equipamentos para recolha dedicada (papel/cartão, plástico/metal, vidro, orgânicos e indiferenciados).
Já em setembro, começaram a ser instalados um pouco por toda a cidade novos ecopontos (compostos por três contentores de recolha diferenciada) que possuem mais capacidade de armazenamento e aberturas com maior dimensão e são de uma utilização mais cómoda, com design inovador e de menor impacto visual.