
A obra de requalificação da frente fluvial de Vila Nova de Gaia, com 17 quilómetros de extensão, já tem 75% da intervenção concluída. Contudo, só ficará “totalmente pronta” no próximo ano, informou o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Vítor Rodrigues.
“Tecnicamente parece apenas a construção de um passadiço, mas é muito mais do que isso. Isto inclui reabilitação e requalificação de bermas do rio e a possibilidade de, em muito casos, podermos atenuar os impactos das cheias, porque houve uma reposição de muros”, descreveu, citado em comunicado.
A intervenção em causa, recorde-se, iniciou com a consolidação da escarpa da Serra do Pilar e vai prolongar-se até Crestuma e Lever. Atualmente, está concluída até à zona de Arnelas, pelo que já é possível iniciar uma caminhada na Rua Cabo Simão e terminar no Cais do Esteiro, em Avintes.
O objetivo principal, segundo destacou o autarca, é “dar nova vida à orla ribeirinha, tal como tem vida a orla marítima”. Durante todo o processo, a paisagem “está a ser preservada”, nomeadamente os muros, que estão a ser intervencionados seguindo o modelo construtivo original, ou seja, “sem cimento, pedra sobre pedra, num trabalho quase artesanal”, assegurou Eduardo Vítor Rodrigues.
O projeto resulta da soma de duas obras: a das Encostas do Douro, no valor de 10 milhões de euros, e a de consolidação da escarpa, orçada em 3,3 milhões. No total, em causa está um investimento na ordem dos 13,5 milhões de euros.
De referir que a frente fluvial de Vila Nova de Gaia já foi visitada pelo ministro do Ambiente, Matos Fernandes, que a descreveu como uma “obra magnífica”, salientando que Gaia é um “grande exemplo de inovação”, tendo “um papel justo na proteção do país”.
Foto: CM Gaia