
A edição de 2018 do WRC Vodafone Rally de Portugal gerou 138,3 milhões de euros na economia nacional. A edição de 2019 da prova automóvel decorrerá de 30 de maio a 2 de junho e, pelo quinto ano consecutivo, a Exponor voltará a ser o centro das operações.
Os dados foram relevados quarta-feira por Fernando Perna, professor do Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo da Universidade do Algarve, instituição que realizou o Estudo do Impacto do WRC Vodafone Rally de Portugal na Economia e Turismo em 2018.
Realizado ao longo dos quatro dias da prova (17 a 20 de maio), em oito locais distintos, o estudo abrangeu 1.104 entrevistas, das quais 449 eram residentes nos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo, 295 eram não residentes nacionais e 360 não residentes estrangeiros.
O estudo indica que 45,7% das pessoas eram estrangeiras, a maioria de Espanha, mas também de França, países nórdicos, Itália e Alemanha. Já no que diz respeito aos portugueses, a grande maioria era das regiões centro e do norte do país.
A maioria dos visitantes são homens, entre os 15 e os 44 anos, que se deslocam de automóvel (partilhado) e que, em média, permanecem três dias na região. Destaque ainda para o facto de 31,5% dos estrangeiros terem, pela primeira vez, visitado a região norte.
O clima, a paisagem e a hospitalidade da população são as características que mais destacam da região enquanto destino. Quanto à prova, salientam a espetacularidade, a organização, o cumprimento das regras de segurança pelo público e os cuidados ambientais.
Oito em cada 10 adeptos classifica o destino como bom ou muito bom, sendo que 92,4% dos adeptos visitantes, independentemente da sua origem, pretendem regressar às regiões cobertas pelo Rally nos próximos três anos.
Relativamente ao impacto económico do evento, dos 138,3 milhões de euros gerados no em 2018, 72,9 milhões de euros dizem respeito a despesas diretas de adeptos, equipas e organização relacionadas com alimentação, alojamento e transportes.
Este valor representa um crescimento de 1,7 milhões de euros face a 2017. O Rali de Portugal 2018 proporcionou ao Estado uma receita fiscal bruta superior a 20 milhões de euros em IVA e ISP.
Já as despesas indiretas, no valor de 65,4 milhões de euros, incluem as 1168 horas de cobertura que o Vodafone Rally de Portugal teve nos media em mercados como França, Finlândia, Bélgica, Polónia, Japão, Espanha, Suécia, Alemanha e República Checa.
Nos 13 concelhos abrangidos pela competição, o impacto económico situa-se entre os 48 milhões e os 54 milhões de euros.
A próxima edição do Rally de Portugal decorrerá de 30 de maio a 2 de junho, e apresentará muitas novidades, entre as quais várias etapas no centro do país.
Pelo quinto ano consecutivo, a Exponor será o centro das operações do evento. “Para quem tem dúvidas sobre esta nossa aposta, este estudo é fundamental, pois demonstra porque tomámos esta opção. Este é o maior evento desportivo e turístico do país”, frisou o vereador da Cultura da Câmara de Matosinhos, Fernando Rocha, justificando não só o apoio da autarquia a este evento como o surgimento da campanha de promoção turística “Matosinhos, World’s Best Fish” que se consolidou ao longo das últimas quatro edições do Vodafone Rally de Portugal.
O estudo revelou ainda que, desde que o Rally de Portugal regressou ao mundial de ralis, em 2007, até 2018, 1.173 milhões de euros foram gerados para a economia portuguesa.