Antecipando o fim de semana prolongado, esta quinta-feira, 29 de março, não é apenas um dia que o calendário católico considera santo. Em Matosinhos é também dia de programação recheada, com música, teatro e artes plásticas para ver, ouvir e sentir a partir do final da tarde.
O destaque vai para o concerto de Rita Redshoes no Teatro Municipal de Matosinhos-Constantino Nery, onde, a partir das 22h, a cantora apresenta o seu novo álbum, “Her”, lançado no final do ano passado.
Gravado em Berlim, o sucessor de “Golden Era” (2008), de “Lights & Darks” (2010) e de “Life is a Second of Love” (2014) conta, pela primeira vez, com três temas em português compostos por Rita Redshoes, conhecida também pelas suas colaborações com David Fonseca, The Legendary Tigerman e Noiserv, entre outros. Um dos trabalhos que assinou com The Legendary Tigerman, “Ornamento e Crime”, acaba, de resto, de ser premiado com o Prémio Sophia para a Melhor Banda Sonora de 2017, atribuído pela Academia Portuguesa de Cinema.
Mas antes disso, pelas 18h, na galeria da Biblioteca Municipal Florbela Espanca, será inaugurada uma nova exposição de pintura. “Raízes”, de Maria Beatitude, traz a Matosinhos um conjunto de telas e uma instalação artística ancorada na memória e no papel das mulheres enquanto garante da transmissão de afetos e da herança cultural. A entrada é grátis.
Às 21h30 regressa ao Espaço Irene Vilar do Museu da Quinta de Santiago uma das mais duradouras atividades do programa cultural de Matosinhos. A iniciativa “Salvé a Língua de Camões” já vai no seu décimo quarto ano de existência, propondo ouvir e dialogar com o acervo dramatúrgico do mundo de expressão portuguesa.
A sessão desta quinta-feira traz “A espantosa câmara de espelhos do Senhor Ninguém”, um texto da escritora e dramaturga brasileira Cláudia Maria de Vasconcellos (vencedora, entre outros, do prestigiado Grande Prémio da Crítica APCA). Descrito como um “poema dramático”, “A espantosa câmara de espelhos do Senhor Ninguém” apresenta o balanço, misto de memória e delírio, da vida artística de um autor teatral medíocre e em coma.