O leilão público da Quinta do Candal, em Vila Nova de Gaia, promovido pela Santa Casa da Misericórdia do Porto, terminou sem qualquer proposta. A sessão estava marcada para as 10h30 desta quarta-feira, 28 de maio, mas, apesar da presença de alguns interessados, “ninguém concretizou qualquer oferta”, confirmou ao Jornal Negócios fonte oficial da instituição.
O terreno, localizado junto à via Edgar Cardoso, uma zona em valorização, que será futuramente servida pela nova Linha Rubi do Metro do Porto, tinha como valor base de licitação 24 milhões de euros. O ativo inclui a antiga sede do Clube Desportivo do Candal, os terrenos do estádio Rei Ramiro e outros espaços adjacentes atravessados pela mesma artéria.
Com um Pedido de Informação Prévia (PIP) já aprovado, a Quinta do Candal tem uma capacidade construtiva de 38.774,30 metros quadrados acima do solo e 18.037,50 metros quadrados em cave.
Em comunicado divulgado em abril, a Santa Casa da Misericórdia do Porto tinha anunciado a intenção de canalizar a maior parte do valor da venda para investimentos internos, nomeadamente na modernização das suas unidades hospitalares, estruturas residenciais para pessoas idosas, parque habitacional e condições de trabalho dos cerca de 1.300 colaboradores da instituição.
A alienação deste ativo, considerado pela Misericórdia como não essencial às suas atividades, tinha sido decidida em Assembleia Geral em novembro de 2021.
Com o leilão agora sem resultado, a instituição liderada por António Tavares pretende manter o terreno no mercado e alargar o processo de venda a potenciais compradores internacionais.
