A Quercus sublinha que esta Reserva Natural é atualmente “o sítio de maior importância para a biodiversidade na região do Grande Porto e alberga mais de uma centena de espécies de aves, grande parte delas protegidas e raridades”, tendo já solicitado aos promotores do evento que procurem outras possíveis localizações, onde possa ser possível a compatibilização do festival com a conservação da natureza.
De acordo com a associação ambientalista, “o local onde o ‘Marés Vivas’ se realizou desde 2008 até 2015, além de distar cerca de mil metros da área mais importante da reserva natural, continha um morro fortemente arborizado da Quinta Marques Gomes, que reduzia e moderava a propagação do ruído, pelo que o evento tinha um impacto limitado sobre as aves da reserva”.
Por sua vez, salienta, “o lugar proposto para a edição de 2016 é adjacente à reserva natural, sendo que o movimento de pessoas e viaturas vai, fatalmente, perturbar as espécies existentes na Reserva Natural, em plena época de nidificação das aves”.
Os ambientalistas falam ainda dos “impactos das obras necessárias de terraplanagens nos ecossistemas locais”.
Segunda-feira 4 Janeiro, 2016
Quercus critica novo espaço onde se vai realizar o festival “Marés Vivas”
A associação ambientalista Quercus criticou, esta segunda-feira, o local escolhido para realização do Festival “Marés Vivas”, junto à Reserva Natural do Estuário do Douro, em Vila Nova de Gaia, afirmando poder recorrer aos tribunais caso os promotores do evento não optem por outra localização.
A autarquia já contestou a posição dos ambientalistas, garantindo que “não há qualquer invasão” nem “destruição” da reserva.