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Queima das Fitas: como tudo começou?

Queima das Fitas: como tudo começou?

Faltam poucos dias para um dos maiores eventos da cidade do Porto: a Queima das Fitas. De 7 a 13 de maio milhares de estudantes, das diferentes faculdades, vão juntar-se para festejar aqueles que serão, provavelmente, os melhores anos das suas vidas.

Sendo esta uma festa tão marcante para os universitários e portuenses a VIVA! quis saber as origens desta celebração. Para isso mesmo é necessário recuar até 1920, ano em que os finalistas de Medicina da Universidade do Porto faziam a chamada «Festa da Pasta».

Foto: Beleza Porto

Esta é considerada a origem da Queima das Fitas do Porto, um evento “com um grande espírito académico, que comemorava a passagem da pasta dos estudantes que estavam a terminar o seu curso, os quintanistas, aos que entravam na reta final, os quartanistas”, explica a Federação Académica do Porto.

Com a passagem da pasta era também imposto o grelo aos quartanistas. Popular entre os alunos, a «Festa da Pasta» rapidamente se difundiu pelas várias faculdades da Universidade do Porto, sendo que cada uma delas tinha a sua própria festa.

Até 1943 foram realizadas ininterruptamente diversas «Festa da Pasta», passando depois a existir apenas uma comum a todas as faculdades. Em 1944 integrada nestas comemorações, realizou-se pela primeira vez a Missa da Benção das Pastas, na Igreja dos Clérigos. Só no ano seguinte a expressão original é totalmente abandonada e é a partir desta data que passa a existir a conhecida «Queima das Fitas do Porto».

No final da década de 60, devido à crescente convulsão política em Portugal, a Queima das Fitas começou a ser contestada por alguns setores estudantis e a partir de 1971 as festividades foram mesmo suspensas.

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Só em 1978 a festa dos estudantes ressurge no Porto, “com a designação de Mini-Queima e consistiu num cortejo”, tendo gerado “alguma polémica e contestação em vários quadrantes da sociedade” que consideraram “esta era uma iniciativa reacionária”. Em 1979 “foi feita uma tentativa mais alargada de organização de Queima das Fitas, tendo havido duas comissões organizadoras”, contudo, só uma delas teve sucesso”, conta a instituição portuense.

A partir desse ano a Queima das Fitas do Porto começou a tomar os moldes atualmente conhecidos por todos, “com inúmeras atividades desde a Serenata, ao Cortejo, passando pelas Noites, concerto Promenade, Festival Ibérico de Tunas Académicas e Sarau Cultural”.

O evento ganhou tamanha proporção que deixou de ser algo exclusivo aos estudantes e passou a ser a “segunda festa da cidade do Porto e a maior festa académica do país”.

Este ano, a Queima das Fitas irá decorrer pela primeira vez em três palcos e pelo recinto do Queimódromo vão passar mais de 50 artistas relacionados com música, dança, comédia e arte. Em 2022 o evento acolheu mais de “300 mil pessoas”.

Fotos: Website Notícias Universidade do Porto

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