O FC Porto está novamente nos oitavos de final da Champions League, sendo mais uma vez a única equipa portuguesa a alcançar esta fase da competição. Este simples facto já se pode considerar uma vitória, ainda que os adeptos portistas mais exigentes pretendessem o primeiro lugar do grupo; afinal, a equipa foi batida por um rival turco que conta com Quaresma nos titulares, e alegadamente Quaresma foi vendido porque daria um bom negócio e seria substituído com facilidade. De qualquer forma, os adeptos sentem que um objetivo foi cumprido.
Será possível aos portistas almejarem uma vitória na Champions? Alguns já procuram uma casa de apostas para apostas desportivas para investigarem as “odds” e tentarem fazer um bom negócio. Aparentemente, a vitória de Portugal no Euro 2016 veio recordar que, mesmo no futebol ao mais alto nível, podem acontecer surpresas. Contudo, e apesar das boas prestações que os dragões vêm somando, há que abordar essa possibilidade com reservas.
Recorde de 2004 pertence ao… FC Porto
Há que recordar que a última vez que um clube de um país que não pertence ao chamado “Top-5” das ligas europeias (Espanha, Inglaterra, Itália, Alemanha e França) venceu a Champions foi em 2004, sendo precisamente o FC Porto. E é interessante acrescentar dois factos:
– A França faz parte desta lista principalmente pelos investimentos milionários em alguns dos seus clubes; contudo, desde 1993 que um clube francês não vence a Champions;
– Antes do FC Porto, as únicas vitórias de clubes de fora do Top-5 desde 1990 foram do Ajax em 1994 e do Estrela Vermelha de Belgrado em 1991.
O futebol europeu da alta roda está a tornar-se poderosamente dependente de fatores económicos, e a anunciada medida de permitir que as principais ligas europeias tenham automaticamente 4 entradas de clubes para a fase de grupos da Champions vem acentuar esta tendência. De resto, o futebol está mais do que nunca construído como uma “pirâmide” única de sucesso individual para os jogadores, sendo certo que se o FCP ganhasse a Champions, metade da sua equipa seria contratada pelos tubarões para a época seguinte.
De resto, o sistema de progressão a duas mãos – ao contrário do que acontece na Taça de Portugal, em que um clube “grande” não tem uma segunda hipótese de corrigir um jogo mal conseguido – ajuda a dificultar que os clubes mais “pequenos” tenham hipóteses de progredir.
De qualquer forma, ainda que seja extremamente difícil, não é impossível; basta que os portistas pensem jogo a jogo, e acima de tudo que pensem em grande, jogando com personalidade e sem medo do potencial do adversário; jogando “à Porto”!
Há que recordar que a última vez que um clube de um país que não pertence ao chamado “Top-5” das ligas europeias (Espanha, Inglaterra, Itália, Alemanha e França) venceu a Champions foi em 2004, sendo precisamente o FC Porto. E é interessante acrescentar dois factos:
– A França faz parte desta lista principalmente pelos investimentos milionários em alguns dos seus clubes; contudo, desde 1993 que um clube francês não vence a Champions;
– Antes do FC Porto, as únicas vitórias de clubes de fora do Top-5 desde 1990 foram do Ajax em 1994 e do Estrela Vermelha de Belgrado em 1991.
O futebol europeu da alta roda está a tornar-se poderosamente dependente de fatores económicos, e a anunciada medida de permitir que as principais ligas europeias tenham automaticamente 4 entradas de clubes para a fase de grupos da Champions vem acentuar esta tendência. De resto, o futebol está mais do que nunca construído como uma “pirâmide” única de sucesso individual para os jogadores, sendo certo que se o FCP ganhasse a Champions, metade da sua equipa seria contratada pelos tubarões para a época seguinte.
De resto, o sistema de progressão a duas mãos – ao contrário do que acontece na Taça de Portugal, em que um clube “grande” não tem uma segunda hipótese de corrigir um jogo mal conseguido – ajuda a dificultar que os clubes mais “pequenos” tenham hipóteses de progredir.
De qualquer forma, ainda que seja extremamente difícil, não é impossível; basta que os portistas pensem jogo a jogo, e acima de tudo que pensem em grande, jogando com personalidade e sem medo do potencial do adversário; jogando “à Porto”!
