
Acolhendo a influência e o peso de obras “magistrais” de compositores como Haydn, Mozart, de Beethoven, Mendelssohn, Zemlinsky, Webern, Debussy, Ravel, Bartók e Ligeti, que produziram algumas das suas obras-primas para quartetos de cordas, Eurico Carrapatoso produziu uma peça com cerca de 25 minutos que procura, nas suas próprias palavras, “cantar a memória daqueles mestres amados”. “Apeteceu-me baixar os braços e desistir em horas más (…). Segui mas é o conselho de Ravel, quando lhe perguntaram se esperava pela inspiração para compor. Respondeu então mais ou menos isto: ‘estou todos os dias à mesa de trabalho entre as 9h e o meio-dia. Almoço e regresso ao trabalho entre as 14h e as 19h. Se a inspiração quiser aparecer, sabe perfeitamente onde me encontrar'”, escreveu o compositor no início deste ano.
O Quarteto de Cordas de Matosinhos tem por objetivo, explica a autarquia, “divulgar a música erudita de grandes compositores internacionais e do património musical português”.
Criado pela Câmara Municipal de Matosinhos em 2007, é atualmente considerado uma das melhores formações nacionais de música erudita, tendo conquistado em 2014 o Prémio Rising Stars da Organização Europeia de Salas de Concertos. Este galardão permitiu ao agrupamento realizar uma digressão pelos mais importantes palcos europeus, constituindo-se, assim, como uma notável “embaixada cultural” de Matosinhos nas principais cidades do continente.