
César Navio disse, na Assembleia Municipal, que “não estamos de acordo com a implementação de salas de chuto, mesmo que a título experimental, como o BE propõe”.
A proposta a ser apresentada pelo executivo, explicou César Navio, visa a realização de “um estudo sobre a situação da cidade no que toca à toxicodependência e que permita a implementação de um plano de combate a este flagelo que afeta muitas pessoas e famílias na cidade”.
O CDS está “de acordo com essa proposta” mas contra a “medida específica de criação de salas de consumo assistido de drogas na cidade do Porto”.
“A implementação do consumo assistido daria origem a perturbação e degradação social, ao aumento de consumo, violência (…) e o problema da droga manter-se-á”, disse César Navio.
No final de junho o PCP do Porto defendeu, em comunicado, que o Governo deve reativar o Instituto da Droga e da Toxicodependência e que um grupo de trabalho municipal apresente soluções para a dependência de drogas, sem excluir as chamadas ‘salas de chuto’.
O PCP do Porto revelava então que iria apresentar estas recomendações à Assembleia Municipal do Porto, explicando pretender que um grupo de trabalho daquele órgão apresente, no prazo de seis meses, “um diagnóstico da situação” do concelho e “propostas de medidas a considerar”, nomeadamente “a substituição de consumos e sem excluir consumo assistido de drogas”.
Já em abril, o Bloco de Esquerda apresentou à Assembleia Municipal do Porto uma recomendação para que a câmara avance com a criação de um projeto experimental de sala de consumo assistido de drogas injetáveis.