
Como pode o desenho influenciar o modo como vemos e tacteamos as diversas realidades sociais, políticas, culturais e históricas que rodeiam as sociedades? Trata-se do ponto de partida da exposição coletiva “Quando o tacto se faz contacto”, com curadoria de Hugo Dinis, e que ainda pode ser visitada na Galeria SALA 117 até dia 22 de setembro.
“A exposição lançou aos artistas o desafio de interagirem, de se relacionarem e questionarem a forma como a disciplina de desenho pode influenciar as nossas vivências na sociedade”, revela a galerista da SALA 117, Olinda Magalhães.
E é esta conjugação de olhares que ainda pode ser visitada na Rua Damião de Góis, nº. 200, no Porto.
Nesta mostra coletiva será possível ver in loco as esculturas de Luísa Abreu, os desenhos minuciosos de Rui Costa Soares que se relacionam com um processo intrínseco e privado de percepção psicológica dos indivíduos, ou ainda o processo de construção de Fernando Daza que pressupõe uma ação directa sobre o papel rasgado que desenha referências artísticas de grande sensibilidade. Também os desenhos coloridos e transparentes de Inês Teles, assim como os desenhos de Francisco Venâncio podem ser contemplados de terça a sábado, das 15h às 19h.