O ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, foi um dos convidados desta segunda-feira das “Conversas de Abril”, promovidas pela autarquia de Gondomar, e, questionado pelos jornalistas, escusou-se a falar sobre uma eventual candidatura à Presidência da República. “Não vou falar de eleições, há poeira a mais no ar. Conhecem-me já há muitos anos e não entro nessa poeira. Sim, se assentar a poeira depois vê-se”, respondeu.
Ainda assim, já durante o encontro, o social-democrata não se livrou do tema das eleições, reconhecendo que gostaria que o próximo Presidente da República “se dedicasse bastante a reunir e fomentar consensos no sentido da reforma do regime”. Para Rio, a atuação do chefe de Estado terá de ser “sóbria e recatada”, já que o seu papel passará por “interferir pouco, bem e certo”. Face à opinião de um dos elementos do público – segundo o qual o ex-autarca seria muito mais útil como primeiro-ministro do que como Presidente da República – Rui Rio sublinhou não ser “nenhum D. Sebastião”, nem “dono das soluções”. Além disso, recordou que, durante toda a sua vida partidária, sempre criticou aqueles que “estavam permanentemente a tentar deitar abaixo o líder do partido”.
