Em causa está o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado “Maia Golfe”, constituído em 2007, com um capital social de 5,5 milhões de euros, bem como o “Praça Maior”, de 2010, cujo capital social é de cinco milhões de euros, e o “Maia IMO”, de 2008, que arrancou com seis milhões de euros.
A vereadora da oposição, a socialista Sandra Lameiras, referiu que “todos apresentam rendibilidades negativas. As responsabilidades financeiras que a câmara da Maia vai ter de assumir com estas operações são muito elevadas. Só a linha de gestão e depósito, ou seja só para alimentar e manter os fundos ativos, são cerca de 150 mil euros por ano”. Esta posição surge após uma reunião extraordinária de vereação, na qual foi discutida a liquidação destes fundos, com o PS a concluir que a gestão do PSD foi “incapaz”, conduzindo à “delapidação do erário público”.
No entanto, confrontado com estas críticas, o presidente da câmara da Maia garantiu que o município não vai aumentar a dívida, explicando que os valores a liquidar “já fazem parte das contas e relatórios atuais”. Bragança Fernandes acrescentou que o fundo da Praça Maior está “em fase de liquidação”, aguardando o visto do Tribunal e Contas, enquanto os dois restantes “estão a ser negociados” para serem liquidados em 2016. Além disso, frisou ainda que “a dívida da câmara tem vindo a ser reduzida ao longo dos anos”, estabelecendo-se atualmente em cerca de 33,7 milhões de euros.
Sexta-feira 9 Outubro, 2015
PS Maia acusa autarquia de “gestão ruinosa”
O Partido Socialista (PS) maiato acusou esta quinta-feira a autarquia, liderada pelo social-democrata Bragança Fernandes, de “gestão ruinosa”. A oposição disse temer que a liquidação de três fundos imobiliários de que a cidade dispõe aumente a dívida camarária em cerca de 17 milhões de euros, argumento que o autarca local afirma ser falso.