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Próximo Presidente da República deve ser “mais interventivo”, defendeu Rui Rio

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“Deveria ter um papel mais interventivo do que aquilo que foi a tradição até hoje porque se nós vivemos num regime semipresidencial, ou seja, se o presidente tem uma legitimidade de voto direta é para usá-la em situações limite”, sublinhou o social-democrata.

O antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio foi o convidado desta segunda-feira do Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia, e defendeu, enquanto “comentador”, que o próximo Presidente da República deve ser “mais interventivo em sede da reforma do sistema político e da reforma da justiça”.
“Deveria ter um papel mais interventivo do que aquilo que foi a tradição até hoje porque se nós vivemos num regime semipresidencial, ou seja, se o presidente tem uma legitimidade de voto direta é para usá-la em situações limite. E eu acho que nós estamos numa situação limite, entre aspas, ou seja, de um descrédito perigoso”, avisou. Questionado diversas vezes a propósito de um eventual regresso à cena política, o social-democrata realçou que, “quando um partido está no poder, particularmente em situação económica difícil, não é patriótico alguém vir criar instabilidade quando a estabilidade está criada”. “Só em circunstâncias absolutamente extraordinárias é que um partido que tem o seu presidente como primeiro-ministro deve criar instabilidade e criar-lhe dificuldades”, referiu.
O economista alertou ainda para a urgência de um “esforço de consenso” capaz de “salvar a democracia”, denunciando o perigo do “divórcio cada vez maior das pessoas com a política”. De recordar que o ex-autarca já afirmou publicamente que voltará à vida política se sentir “um desejo muito grande” dos cidadãos.

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