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Projeto do Matadouro de Campanhã com luz verde do Tribunal de Contas

Projeto do Matadouro de Campanhã com luz verde do Tribunal de Contas

Já pode avançar a reconversão do antigo Matadouro Industrial do Porto num polo empresarial, cultural e social que vai transformar a zona oriental da cidade. A Câmara Municipal do Porto anunciou, sexta-feira, ter ganho o recurso que interpôs acerca do chumbo do visto prévio dado pelo Tribunal de Contas à obra.

“O último passo para a reconversão do antigo Matadouro Industrial num polo empresarial, cultural e social que promete transformar a zona oriental da cidade do Porto, está dado. A Câmara do Porto acaba de ganhar o recurso que interpôs acerca do chumbo do visto prévio dado pelo Tribunal de Contas à obra que será executada pela Mota Engil e cujo projeto é do famoso arquiteto japonês Kengo Kuma, em parceria com os portugueses, da Ooda”, anunciou a autarquia.

O visto ao contrato de empreitada para a reconversão e exploração do Matadouro durante 30 anos e por 40 milhões de euros, que a empresa municipal Go Porto queria celebrar com a Mota-Engil, foi recusado, pelo TdC, no dia 4 fevereiro de 2019, que apontou várias ilegalidades.

Após ter sido notificada do chumbo do TdC, a autarquia teve apenas 10 dias para recorrer, “o que fez em tempo. Passado mais de um ano, a Câmara do Porto ganhou o recurso, recebendo o visto, último passo necessário ao início dos trabalhos”, relembra.

Situado na freguesia de Campanhã, o antigo Matadouro Industrial do Porto está desativado há 20 anos e vai ser agora alvo de um investimento de quase 40 milhões de euros, totalmente suportado pela Mota Engil, empresa que venceu o concurso lançado pela Câmara do Porto, em 1 de agosto de 2017, para a concessão do espaço.

O espaço será usado para acolher empresas, mas também galerias de de arte, museus (o Museu da Indústria ficará lá sediado), reservas de arte, auditórios, espaços expositivos e equipamentos sociais, “que prometem ser o impulso que faltava à freguesia de Campanhã, à zona oriental da cidade, mas a toda uma Região”.

As obras deverão demorar cerca de dois anos.

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O projeto de arquitetura é da autoria do conceituado arquiteto Kengo Kuma, em parceria com o gabinete dos portugueses OODA. O japonês é autor de projetos reconhecidos em todo o mundo, nomeadamente o novo Estádio Nacional do Japão, que será palco da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio; Suntory Museum of Art, também na capital japonesa; a Bamboo Wall House, na China; a sede do Grupo Louis Vuitton, no Japão ou Besançon Art Center, em França.

O projeto prevê a construção de uma grande cobertura que unirá o antigo e um novo edifício e também de uma passagem pedonal por cima da Via de Cintura Interna (VCI), que “cria um impacto visual único para quem atravessa” a mais concorrida via da cidade.

Destaque ainda para a rua pedonal coberta, que atravessa o espaço de ponta a ponta, ligando ao jardim suspenso sobre a VCI, que dará acesso à estação de metro do Estádio do Dragão. “Este canal permitirá dar vida quotidiana ao espaço, introduzindo-lhe vivência de cidade e não fechando o ecossistema. Dito de outra forma, o Matadouro cria a grande rua coberta do Porto, a partir da qual se desenvolve uma cidade nova, capaz de servir como grande impulsionador da zona oriental”, aponta a autarquia.

O Matadouro, de acordo com a autarquia, “pode servir como grande impulsionador económico, social, cultural e demográfico das freguesias mais orientais do Porto (Bonfim e Campanhã), mas será também um extraordinário pólo dinamizador de toda a cidade”.

“Não tenho dúvidas que, tal como a Casa da Música, na zona Ocidental da cidade, esta será a obra icónica da zona Oriental e não é por acaso que desperta o interesse dos investidores privados”, diz Rui Moreira.

“Sem querer sermos exagerados, diríamos que o futuro Matadouro estará para o Porto como o Centro Pompidou está para Paris, tal a exposição internacional acrescida que esta obra do italiano Renzo Piano deu à Cidade Luz”, dizem os promotores.

A Mota Engil, que será responsável por todo o investimento, fica obrigada a cumprir o programa delineado pela Câmara do Porto nos próximos 30 anos, findos os quais, o equipamento ficará municipal. A Câmara do Porto também ocupará parte do Matadouro, onde desenvolverá a parte cultural e de coesão social associada.

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