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Projeto da Agência de Energia do Porto vai combater pobreza energética em três mil casas municipais do Grande Porto

Projeto da Agência de Energia do Porto vai combater pobreza energética em três mil casas municipais do Grande Porto

Promover a eficiência energética nos edifícios e o autoconsumo a partir de fontes de energia renováveis é o objetivo do “Porto Energy Elevator” (PEER), projeto europeu liderado pela Agência de Energia do Porto (AdEPorto) que, numa primeira fase, vai intervir em três mil habitações do Grande Porto.

Financiado no âmbito do programa Horizonte 2020, o projeto de combate à pobreza energética está alinhado com as principais políticas europeias e nacionais, nomeadamente o Plano Nacional Energia e Clima 2030, o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 ou a Estratégia de Longo Prazo para a Renovação de Edifícios, recentemente aprovada.

A promoção da eficiência energética nos edifícios – responsáveis por 30% das emissões de CO₂ na área Metropolitana do Porto a Norte do Douro (AMP-ND) – e o fomento do autoconsumo de energia, individual e coletivo, a partir de fontes limpas, são os principais objetivos do projeto.

Numa primeira fase, o PEER vai focar-se no edificado dos Municípios da AMP-ND (Porto, Gondomar, Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Vila do Conde, Valongo e Paredes), aproveitando as coberturas de cerca de três mil habitações para produzir 12 MW de energia elétrica a partir de painéis fotovoltaicos.

Este projeto vai permitir à AdEPorto “atuar de forma ativa no combate à pobreza energética, ao mesmo tempo que contribui para a mitigação das alterações climáticas. Este é um exemplo paradigmático da defesa do ambiente e do Planeta, alicerçado numa transição justa e positiva para os nossos cidadãos”, afirma Filipe Araújo, presidente da AdEPorto e vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, citado pelo Eco Sapo.

Além da AdEPorto, o consórcio do projeto conta com três parceiros: a RdA Climate Solutions, a S317 Consulting e a TELLES Advogados, que, em conjunto, vão desenvolver ferramentas técnicas, financeiras e legais de apoio à implementação de projetos de eficiência energética e aproveitamento de energias renováveis.

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No decorrer do programa, a AdEPorto pretende ainda disseminar e replicar resultados aos Municípios mais próximos da Área Metropolitana do Porto, bem como disponibilizar, a nível nacional, as ferramentas desenvolvidas. Será assim criado o Porto Energy Hub, que irá incluir um espaço físico e um portal online, permitindo um acesso rápido e direto às ferramentas desenvolvidas.

A AdEPorto recorda que “a maioria dos edifícios em Portugal apresenta, ainda, um nível igual ou inferior a C nos certificados de eficiência energética – no geral, o edificado atualmente existente foi construído antes de 1990, apresentando requisitos térmicos baixos ou nulos”.

“A baixa eficiência energética do parque edificado é um dos fatores potenciadores da pobreza energética, sendo Portugal o 4.º país mais afetado na Europa dos 28, de acordo com o relatório ‘European Energy Poverty Index’, de janeiro de 2019″, acrescenta.

A pobreza energética envolve a dificuldade ou privação das famílias e indivíduos em aceder a serviços essenciais de energia, como o aquecimento, arrefecimento ou iluminação das habitações, podendo ter efeitos adversos na saúde e bem-estar, provocados, por exemplo, pela prevalência de elevados níveis de humidade, baixas temperaturas e pela presença de fungos e bolores.

Foto: AdEPorto

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