
O documento, que está guardado no arquivo municipal local, foi concedido a Vila do Conde em 16 de setembro de 1516 pelo rei Manuel I, e vai, nestes meses, ser mostrado à população em diversas iniciativas.
A presidente da autarquia, Elisa Ferraz, considerou que este “é um extraordinário momento para o concelho”, e pretende, por isso, “envolver todos os vila-condenses nas celebrações”.
“Vamos alargar as comemorações a todas as freguesias, para que Vila de Conde celebre em conjunto estes 500 anos da outorga do foral”, começou por explicar a autarca.
Elisa Ferraz afirmou que também se irá fazer “um trabalho importante junto das escolas, onde já estamos a preparar uma série de iniciativas que contemplará a entrega de recordações, nomeadamente um ‘puzzle’ com a imagem do foral que vamos distribuir por todos os alunos”.
Enquanto se prepara toda a logística das celebrações, a Câmara Municipal já decidiu fazer a promoção das mesmas pela cidade, com logótipos, bandeiras e cartazes alusivos ao momento.
“Queremos vestir a cidade com a imagem do foral, para que as pessoas percebam da importância deste documento para Vila do Conde”, vincou a presidente da Câmara.
Para estreitar essa ligação, o programa de iniciativas contempla um desafio aos restaurantes da cidade para incluam, neste período, nos seus cardápios, um receituário quinhentista.
Em agenda está também a recriação histórica de uma feira renascentista, um congresso alusivo à temática dos forais, além de concertos e exposições.
Elisa Ferraz pretende “cruzar esta efeméride com os grandes eventos de âmbito cultural do concelho”, nomeadamente aqueles que assinalam a candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade da técnica da construção naval em madeira de Vila do Conde.
Assim, o tema do foral será abordado no congresso internacional sobre construção naval, que se realiza em maio, e também no grande teatro musical de rua “Um Porto para o Mundo”, agendado para agosto.
Entretanto, todos os que pretenderem conhecer de perto o foral concedido por D. Manuel I a Vila do Conde podem marcar uma visita no arquivo municipal local, onde serão agendadas sessões explicativas sobre o documento que resistiu, em boas condições, nos últimos 500 anos.