
Até ao dia 12 de outubro, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves vai apresentar a primeira exposição em Portugal do sírio Marwan, radicado em Berlim desde os anos 50, mas que declara manter a sua identidade como árabe. Inaugurada esta quinta-feira, a mostra contém mais de 140 trabalhos do artista, elaborados entre 1962 e 1972.
De acordo com a curadora da exposição, Catherine David, diretora-adjunta do Museu Nacional de Arte Moderna no Centro Pompidou, em Paris, a exposição integra peças, como o quadro de uma figura humana com um véu, que não eram vistas na Europa há décadas. O próprio artista, que marcou presença na abertura do certame, lamentou a atual situação “trágica” na Síria, confessando sentir muita falta de Damasco, cidade da sua infância e família, que deixou de visitar com o começo da guerra. O trabalho desvendado agora em Serralves inclui também duas peças do começo da carreira do artista, que se iniciou na pintura já com 30 anos, retratando o poeta iraquiano Badr Shakir al-Sayyab e o secretário-geral do comando nacional do partido Ba’ath entre 1965 e 1966.