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Prémio europeu distingue requalificação dos Clérigos

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O projeto de requalificação da Torre dos Clérigos, no Porto, e um mestrado em análise estrutural de monumentos, coordenado pela Universidade do Minho, em Guimarães, estão entre os 29 vencedores, de 18 países, do Prémio da União Europeia para o Património Cultural/Prémios Europa Nostra. O anúncio foi feito esta quarta-feira.

O projeto português de requalificação da Igreja e da Torre dos Clérigos venceu na categoria Conservação, enquanto o Mestrado em Análise Estrutural de Monumentos e Construções Históricas, um projeto europeu coordenado pela Universidade do Minho, em Guimarães, está entre os vencedores na categoria Educação, Formação e Sensibilização.
O presidente da Irmandade dos Clérigos, Américo Aguiar, já reagiu ao anúncio e afirmou que este prémio o “enche de orgulho”, dedicando-o a todos os trabalhadores envolvidos na obra. De recordar que a reabilitação da Torre dos Clérigos custou cerca de 2,6 milhões de euros e pôs a descoberto uma cripta do século XVIII, onde poderá ter sido sepultado Nicolau Nasoni.
A requalificação dos Clérigos surge ao lado de projetos da Capela de S. Martinho, em Stari Brod, na Croácia, do Complexo Barroco e dos Jardins de Kuks, na República Checa, da cidade antiga de Karthalia, na ilha grega de Qia, do Bastião do Palácio dos Grão-Mestres, na ilha grega de Rodes, da Pirâmide Branca, em Roma, da Estrada Real, em Filefjell, na Noruega, do Palácio da Cultura, em Blaj, na Roménia, da Fortaleza de Enderrocat, na ilha espanhola de Maiorca, da cobertura das ruínas do Mosteiro de S. João, em Burgos, também em Espanha, e do Edifício 17 de Cromford Mills, em Derbyshire, no Reino Unido.
Na categoria de Educação, Formação e Sensibilização foram igualmente distinguidos o “Erfgoedplus: Online heritage platform”, baseado em Hasselt, na Bélgica, o Centro de Artes Visuais e Investigação de Nicósia, Chipre, o Programa Educacional para a Património Cultural Checo, na República Checa, o Projeto sobre o legado do atleta Paavo Nurmi, de Turku, na Finlândia, a Iniciativa de Artesanato Patrimonial para a Geórgia, na ex-república soviética.
O projeto alemão de Acessibilidades sem barreiras ao Património Cultural, o projeto “ilCartastorie: Contadores de histórias”, nos arquivos de Nápoles, em Itália, o Programa Educacional de Tradição Cultural Judia, desenvolvido na Polónia, e o “Samphire”, para a promoção do património marítimo no oeste da Escócia, do Reino Unido, são os outros distinguidos na área de Educação, Formação e Sensibilização dos Prémios Europa Nostra.
Na categoria Investigação foram premiados quatro projetos, dois deles de Itália – “Carnaval Rei da Europa”, em San Michele all’Adige, e o do Museu Piranesi’, em Milão -, um da Estónia, de Conservação e Restauro “Rode Altarpiece” e ainda o projeto holandês “Hertogenbosch”, para a Investigação e Conservação das obras do pintor Hieronymus Bosch, de quem se assinalaram os 600 anos da morte, em 2016.
Três personalidades e uma instituição foram distinguidas na categoria Serviço Dedicado ao Património: o croata Ferdinand Meder, de Zagrebe, o irlandês Jim Callery, do condado de Roscommon, o romeno Zoltán Kallós, da Transilvânia, e a Sociedade Norueguesa de Faróis.
Dois “projetos notáveis” de países europeus que não estão integrados no programa Europa Criativa, a Suíça e a Turquia, foram também distinguidos: os Banhos K?l?ç Ali Pa?a Hamam, em Istambul, na categoria Conservação, e a Coleção de Relógios de Philippe Stern, em Genebra, na categoria de investigação.
Os 29 vencedores foram escolhidos por “júris constituídos por peritos independentes [que] analisaram um total de 202 candidaturas, apresentadas por organizações e indivíduos de 39 países de toda a Europa”, segundo o comunicado da organização.
A cerimónia de entrega dos prémios acontece no dia 15 de maio, em Turku, na Finlândia, quando serão conhecidos os sete distinguidos com o Grande Prémio Europa Nostra, no valor de 10.000 euros cada, e o vencedor do Prémio do Público, resultante da votação ‘online’, em http://vote.europanostra.org/.

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