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Recheio 2024 Institucional

Prémio BIAL atribuído a investigador do CINTESIS e da FMUP

Prémio BIAL atribuído a investigador do CINTESIS e da FMUP

Mário Dinis-Ribeiro é o vencedor do Prémio BIAL de Medicina Clínica 2018, com um estudo que aponta formas de reduzir a mortalidade por cancro gástrico em Portugal.

Investigador do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e diretor do Serviço de Gastrenterologia do IPO-Porto, Mário Dinis-Ribeiro acaba de vencer o Prémio BIAL de Medicina Clínica 2018, um dos mais relevantes galardões na área da saúde, no valor de 100 mil euros, que visa premiar a investigação clínica, distinguindo trabalhos de grande repercussão na prática médica.

O acompanhamento de cerca de 400 doentes com lesões gástricas malignas ou pré-malignas permitiu definir novas orientações na deteção e tratamento do cancro gástrico – um dos mais mortíferos em Portugal devido sobretudo ao diagnóstico tardio e elevada letalidade consequente.

Mário Dinis-Ribeiro salienta o papel da endoscopia na deteção precoce do cancro gástrico ou de lesões percursoras de cancro, e que substituem, em muitas situações, a cirurgia. “Através da realização de endoscopias foi possível remover lesões de forma minimamente invasiva com uma taxa de sucesso livre de complicações de 80 a 85%. Dos doentes abrangidos, a taxa de mortalidade foi de apenas 1% e nunca por complicações ligadas ao cancro gástrico”, lê-se no comunicado, citado pelo portal de notícias da Universidade do Porto.

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“Os resultados obtidos permitem retirar dois tipos de conclusões e abordagens para prevenir e tratar o cancro gástrico. Por um lado, ao nível da prevenção, é muito importante alertar a população para fatores de risco como o tabaco e o consumo de sal. Por outro, e se queremos diminuir a prevalência do cancro gástrico, devemos evoluir para o tratamento precoce das lesões através da endoscopia alta e evitar que estas evoluam”, refere o médico.

O especialista aconselha que seja feita uma endoscopia em simultâneo com a já colonoscopia – um exame que é recomendado a partir dos 50 anos para rastreio de cancro do cólon e do reto.

“Quando o doente é rastreado ao cancro do cólon e do reto deverá também ser submetido a uma endoscopia, estando desta forma sinergicamente também a rastrear o cancro gástrico”, defende Mário Dinis-Ribeiro, instigando “os decisores em saúde para considerar o adenocarcinoma gástrico na agenda da saúde em Portugal”.

Para Manuel Sobrinho Simões, presidente do júri do Prémio BIAL de Medicina Clínica 2018, “este é um trabalho de grande impacto, num cancro que não tem sido considerado um problema na Europa, mas que tem uma taxa de mortalidade assustadora. Com estes resultados fica demonstrado o custo-eficácia da endoscopia digestiva alta na deteção precoce e, consequentemente, no tratamento das lesões”.

De referir que as estimativas apontam para um aumento, até 2035, em cerca de 30% no número de novos casos e mortes na Europa. Portugal não é exceção: deverá registar um aumento dos atuais 3.018 para 4.082 casos e de 2.285 para 3.172 mortes. Em menos de 20 anos, o cancro gástrico representará a causa de morte para nove portugueses todos os dias.

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