Durante os últimos dois anos, um número muito significativo de portugueses começou a incluir a prática desportiva na sua rotina. Ora influenciados pelo sedentarismo provocado pelo teletrabalho, consequência da pandemia, ora como uma forma de escape para a mente ou simplesmente por gosto pessoal, a verdade é que o desporto ganha, cada vez mais, destaque junto da população portuguesa.
Em casa, no ginásio ou ar livre, são milhares os cidadãos que, diariamente, fazem questão de exercitar o corpo e promover uma saúde melhor. E se é verdade que o exercício físico reduz o stress e potencia o bem-estar, quando praticado num espaço ao ar livre, em comunhão com a natureza, acarreta benefícios ainda maiores.
A conclusão é de um estudo da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, que assegura que apenas vinte minutos de contacto com a natureza, como um simples passeio pelo parque, são o suficiente para que os cidadãos alcancem uma “melhoria significativa de vitalidade o resto do dia”.
Adicionalmente, conseguirão também “aumentar os níveis de atenção”, assegura a Universidade de Illinois, depois de desenvolver uma investigação em que comparou os níveis de concentração de crianças com Perturbação da Hiperatividade e Défice de Atenção.
De acordo com a Rochester, treinar ao ar livre ajuda a motivá-lo ainda mais. A razão, explica, é simples: a natureza estimula os sentidos, o que torna a atividade mais agradável e, simultaneamente, potencia “a vontade de repetir”. Mas os benefícios não ficam só por aqui…
Além de ser muito mais prático e acessível financeiramente, o desporto na rua provoca também um gasto maior de calorias. De acordo com os especialistas, o dispêndio de calorias é 5% maior, uma vez que “os declives do terreno e a resistência do vento obrigam os desportistas a gastar mais energia para percorrer a mesma distância, lê-se no artigo divulgado pel’O Sapo.
Por sua vez, no que respeita aos benefícios para a saúde mental estes podem atingir até mais 50%. “Fazer exercício fora de portas uma vez por semana produz resultados visíveis e os ganhos na prevenção de doenças do foro mental como a depressão são consideravelmente maiores para quem faz desporto ao ar livre duas ou mais vezes”, indicou o investigador Richard Mitchell, depois de analisar os hábitos de exercício de cerca de duas mil pessoas, no interior e exterior.
Em causa está o facto de o cérebro se conseguir “desligar mais facilmente” quando perceciona um ambiente natural, o que ajuda a “acalmar e aliviar o stress”.
Por isso, se, por ventura ainda não adquiriu o hábito de praticar desporto ao ar livre, o melhor é começar já. Caminhe, corra, pedale, ao seu ritmo, mas sempre com a Natureza como companhia…