Ao que tudo indica, é bem possível que a estrutura de betão da Praia do Ourigo, no Porto, vá ser demolida até ao fim de 2024. Quem o avança é a ministra do Ambiente e Energia, que refere que estão a ser tratados os últimos detalhes, juntamente com o município e a Capitania do Porto do Douro.
De acordo com Maria da Graça Carvalho, citada pelo Porto Canal, “a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) teve o cuidado de não fazer a demolição durante a época balnear e está a interagir com a Câmara do Porto e com a Capitania do Porto do Douro para a questão da sinalização e circulação, assim que isso for feito, será feita a demolição”
Há cerca de um mês (início de outubro), tal como a VIVA noticiou, a ministra havia referido que a demolição estava por escassos dias. Na altura, o responsável pelo Grand Beach Club, na praia do Ourigo, pediu uma indemnização a rondar os 1,7 milhões de euros, face aos prejuízos.
Recorde-se que a estrutura em questão, na Praia do Ourigo, estava em construção, até que, em 2021, o ex-ministro da Ação Climática, João Pedro Matos, indicou que esta seria demolida.
Mais tarde, em 2023, a autarquia portuense havia anunciado um novo projeto de arquitetura para o sítio em questão. O mesmo objetivo o “sim” da APA, o que desencadeou o pedido de indemnização de 1,7 milhões por parte do promotor do Grand Beach Club.
Segundo a mesma fonte, a empresa em questão reclama “o prejuízo atinente ao custo da edificação destinatária da ordem de demolição, o custo emergente da demolição da mesma, o custo da reformulação dos projetos de arquitetura e de decoração” e “o prejuízo decorrente do atraso no início da exploração da concessão”.
Feitas as contas, o promotor solicita 600 mil euros por “custos de construção da edificação mandada demolir”, 140 mil euros pelo valor da demolição da estrutura de betão, 20 mil euros por “assessoria jurídica imposta pelo embargo e pela ordem de demolição”, 73 mil euros por questões de projeto de arquitetura e 36 mil euros para refazer a decoração (via Porto Canal).
A isso, acrescem ainda 883 mil euros, que o mesmo alega serem relativos a um atraso de 3 anos, no que toca ao início da exploração da concessão. Sobre o assunto, o responsável do espaço ainda acrescenta que está disponível para alcançar um consenso com a APA.
É expectável que a demolição aconteça até ao final do ano.