O chefe de Estado português considera ainda que a União Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) «tendem a reagir tarde» e defende um papel mais interventivo do banco central na compra de dívida soberana, considerando que a chanceler alemã Angela Merkel deveria ser “mais consistente” na defesa da moeda única.
Cavaco Silva escusa-se a avaliar as últimas medidas anunciadas pelo Governo português, remetendo mais explicações para o ministro das Finanças, mas recorda que a última avaliação da troika confirmou que “Portugal teria dificuldade em cumprir os objetivos de redução de défice orçamental como resultado da alteração da conjuntura internacional”. Questionado sobre se as medidas de austeridade agravam a recessão, o Presidente da República confirma. “Obviamente, já que são medidas com efeito recessivo que afetam o rendimento dos cidadãos e, como tal, o consumo”. “As expectativas dos empresários não são muito positivas”, acrescenta.
